83% das empresas brasileiras preveem aumento nos gastos cibernéticos em 2022

gastos cibernéticos

No Brasil, 83% das organizações preveem para esse ano aumento nos gastos cibernéticos. No mundo, esse percentual é de 69%. Os dados são do estudo elaborado pela PWC: Global Digital Trust Insights Survey 2022.

A pesquisa foi realizada em julho e agosto de 2021, com 3.602 executivos (124 do Brasil) de administração, tecnologia e segurança. Do total, 62% dos entrevistados são profissionais de grandes empresas (receita de US$ 1 bilhão ou mais) e 33% estão em empresas com receitas de US$ 10 bilhões ou mais.

De acordo com o estudo, 45% das empresas brasileiras (26% no mundo) estimam aumento de 10% ou mais nos investimentos em segurança de dados. No ano passado, apenas 14% demonstraram esta mesma preocupação (8% no mundo).

Gastos cibernéticos crescem em 2022

Os investimentos em cibersegurança estão crescendo muito no Brasil em função dos riscos eminentes de ataques hackers, que vem tirando o sono de muitos gestores. Afinal, a cada ameaça, a empresa deve estar preparada para defender e proteger seus dados, sendo que a maior parte delas não está.

“No Brasil, tanto os CEOs como outros altos executivos acreditam que a missão da cibersegurança está mudando e assumindo um papel importante no desenvolvimento da confiança e na expansão dos negócios. Eles veem agora a importância dos dados que possuem”, afirma Eduardo Batista, sócio da PwC Brasil.

Segundo Batista, “a alta administração das empresas precisa garantir que os riscos sejam monitorados e que o modelo de segurança seja simples, mas eficiente para evitar que estes riscos tragam impactos reais para a empresa, como por exemplo paralisação da operação, lucro cessante e danos à imagem”.  

Brasil: 5ª posição das maiores vítimas de hackers no mundo

A pesquisa da PWC identificou ainda que apenas cerca 10% das organizações no mundo tem práticas avançadas de confiança de dados. No Brasil, os resultados são melhores para todas as práticas, como a adoção de processos e tecnologias para recursos de criptografia. 

Mas mesmo assim, o País tem sido um dos principais alvos globais de ataques cibernéticos. Só no primeiro semestre de 2021, o Brasil ultrapassou o volume de ataques de 2020, com um total de 9,1 milhões de ocorrências, segundo estudo realizado pela consultoria Roland Berger.

Esse número de ocorrências – considerando apenas os de “ransomware”, que restringem o acesso ao sistema infectado e cobram resgate em criptomoedas para que o acesso possa ser restabelecido – coloca o Brasil na 5ª posição das maiores vítimas de hackers no mundo, ficando atrás dos EUA, Reino Unido, Alemanha e África do Sul.

CEO pode fazer a diferença

Mas como o CEO pode fazer a diferença para a segurança cibernética de sua organização? Confira algumas dicas da PWC abaixo:

Para começar, adote o mantra “simples e seguro” para o seu negócio, ressalta a consultoria. E acrescenta:

CEOs:

  • “Defina a segurança cibernética como um aspecto importante para o crescimento dos negócios e da confiança do cliente – não apenas para defesa e controles. O objetivo é criar uma mentalidade de segurança em toda a organização. Enfrente os problemas e riscos de seus modelos de negócios e mude o que é necessário”.

CISOs:

  • “Familiarize-se com a estratégia de negócios da sua organização. Ajude seu CEO a abrir caminho para práticas “simples e seguras”. Adquira as habilidades necessárias para acompanhar a evolução e a expansão da função cibernética nos negócios. E reoriente suas equipes para construir confiança e apoiar o crescimento da empresa”.

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