“A estratégia da inovação radical” é um obra que mostra como qualquer empresa pode crescer e lucrar aplicando os princípios das organizações do Vale do Silício. De autoria de Pedro Waengertner, CEO e cofundador da ACE, principal aceleradora de startups da América Latina, o livro ensina uma nova maneira de fazer gestão diante de um mercado em transformação.
Na visão de Waengertner, o cenário atual – extremamente competitivo – pede que as empresas combinem: agilidade, experimentação e resultados. E, para isso, as organizações têm que adequar o modelo de negócio tradicional aos de inovação adotados pelas grandes companhias do Vale do Silício.
Mas como? Confira algumas dicas do autor abaixo:
- Aplicar metodologias de gestão ágil;
- Pensar como um investidor e determinar os parâmetros mais certeiros para as novas iniciativas que quer desenvolver;
- Trabalhar com parceiros internos e externos de modo que favoreça a geração de novas frentes para o seu negócio;
- Desenvolver estratégias que o coloquem numa posição de ataque no mercado.
“A estratégia da inovação radical”: design organizacional
Para ganhar vantagem competitiva, de acordo com o autor, a inovação precisa deixar de ser uma área específica da empresa e se tornar uma competência do negócio. A começar pelo design organizacional: o primeiro passo para a companhia se adequar a essa nova realidade.
Waengertner explica que “o design é o conjunto de processos, estruturas, pessoas e modelo de liderança utilizados em determinada empresa. A combinação desses fatores determina como a empresa vai se portar diante dos desafios da inovação”.
Mas para implementar a inovação radical, você precisa mudar o design da sua organização a partir de uma estrutura inovadora. Conforme explica o autor nos tópicos abaixo:
Processos: os processos rígidos e com menor variabilidade dão lugar à experimentação constante, que é característica da inovação;
Pessoas: uma empresa com rigidez de funções e falta de autonomia passa a ser formada por equipes multidisciplinares;
Estruturas: as funções são atualizadas e passam a ser formadas por times enxutos e autônomos, divididos em projetos e com objetivos específicos;
Modelo de liderança: a liderança passa a ser bottom-up, com equipes com liberdade para a tomada de decisão e com líderes focados em formar equipes e promover o alinhamento, deixando o estilo top-down, com supervisão e controle excessivos, para trás.
Gestão ágil: foque no que é importante
“A agilidade não está em fazer mais, mas em fazer melhor aquilo que é mais importante”, afirma Waengertner.
Segundo ele, “os projetos precisam ser rápidos e gerar aprendizados. Deu errado? Ótimo! Isso significa que da próxima vez você saberá o que não fazer. E não pense que a agilidade está apenas na rapidez. Existem outros 2 pontos: simplicidade e priorização”.
Dicas do autor:
“Seja simples, corte aquilo que é desnecessário e que não vai ajudar a atingir melhores resultados”;
“Priorize no meio do caos, avalie todas as possibilidades e ideias e selecione aquelas que possuem maior probabilidade de sucesso”.
Cliente: centro da equação
“O cliente precisa ser o centro da equação da sua empresa”, ressalta Waengertner. Isso porque empresas inovadoras têm como foco o ser humano e não produtos ou serviços.
A gigante Amazon, por exemplo, deixa uma cadeira vazia em todas as reuniões representando o cliente. “Isso acaba gerando decisões que podem causar prejuízos a curto prazo, mas o relacionamento com os clientes é fortificado, trazendo resultados positivos a longo prazo”, explica o autor.
E acrescenta: “o primeiro passo é conhecer o job to be done. É um conceito simples: um cliente compra um produto para satisfazer uma necessidade ou resolver um problema, ou seja, para resolver algum trabalho, um job. E é preciso entender que um job pode enfrentar concorrentes em diversas frentes”.
“Tendo esse conceito como norte, toda a empresa pode agir em prol desse job, priorizando tarefas e adequando estratégias. E para isso, entender cada vez mais nossos clientes é fundamental”, conclui o autor.
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