Muito além da Inovação. Como reter pessoas na Era da Transformação? Este é o tema do primeiro bloco do encontro Business Innovation.
Portanto, pensando em compartilhar um pouco do conteúdo que será ministrado no encontro, realizamos uma entrevista com o Fernando Vilela, Head of Growth da Rappi.
Gostaríamos de saber como vocês, na Rappi, estão fazendo para reter pessoas?
Em relação a retenção para mim é muito simples.
O business de tecnologia permite uma autonomia e uma oportunidade de crescimento que poucos lugares oferecem (falando de empresas startups vs tradicionais).
Como resultado acredito que a melhor arma de retenção do time é dar autonomia para todo mundo fazer o impossível acontecer.
Quando você tem esse cenário, as pessoas conseguem continuar no business e entregar o que você jamais pensou, como líder, que determinada pessoa seria capaz de entregar.
E quais são as práticas utilizadas na Rappi para retenção?
Usamos o mapeamento de talent pool, que é mapear quem são as pessoas principais para o business ou com extremo potencial para entrar na empresa.
Além disso, utilizamos meios de incentivo financeiro de longo prazo para tentar garantir que as pessoas tenham incentivo real, com isso podem ficar por mais tempo do que apenas um ano ou dois anos.
Em suma não tenho muito segredo, não é rocket science não.
Sobre modelos disruptivos e como as empresas estão se reinventando:
Conta para nós como a Rappi está mudando suas visões de negócios para ficar à frente da concorrência?
A parte de disrupção em um business novo, um business de tecnologia, é parte do DNA. Ele já está intrínseco de tal forma na cultura que não existe um processo de disrupção.
Não pensamos sobre como “disruptar” os processos no dia a dia, pois já vivemos isso diariamente, diferente de como ocorre em empresas tradicionais.
Acredito que o nosso principal ponto de sucesso até hoje foi ouvir muito bem as dores dos usuários, dos consumidores e dos entregadores, de forma a elencar com tecnologia, produto e inovação, como conseguir suprir essas necessidades.
É assim que conseguimos nos manter sempre à frente dos nossos principais competidores.
A tecnologia funciona como um catalisador da inovação e, pensando no futuro, quais tecnologias vocês têm buscado priorizar e investir mais?
A área que mais priorizamos é o nosso produto, ou seja, a personalização do APP, pois acreditamos que isso é realmente um diferencial.
A outra parte é a adoção de tecnologias que melhorem e garantam uma excelência operacional, que proporcionem uma experiência perfeita ao usuário, ao entregador e ao varejista.
Essas são nossas duas grandes apostas.
Sobre Open Innovation:
Como a sua empresa enxerga essa colaboração do ecossistema e a relação entre universidades, startups e grandes empresas?
Acho que é tão simples quanto você garantir que a sociedade esteja se transformando como um todo.
Historicamente, você sempre tem o mundo “disruptando” focado em só um elo da cadeia: o elo empresarial.
Com toda a certeza quando você fala em Open Innovation você começa a transformar não só o seu business, mas também a empresa de outras pessoas e a sociedade como um todo.
Veja o exemplo:
Uma relação do mundo acadêmico, que é super importante, na Colômbia, onde ficam grande parte dos nossos engenheiros.
Nos mantemos muito próximos das principais universidades e faculdades, de modo a explicar um pouco quais são os gargalos que hoje as empresas de tecnologia têm.
E desse modo, como isso pode ser refletido em uma formação educacional melhor e mais aprofundada nestes pontos – visto que a educação não andou na mesma velocidade que o mundo empresarial de tecnologia andou.
Então, o quanto mais próximo a gente for quanto empresa e quanto organização dos stakeholders que impactam nosso mundo e nosso dia a dia, maior a nossa contribuição para a sociedade.
E no projeto Business Innovation 2020, o que vamos ouvir da Rappi no dia 26 de março sobre ir muito além da inovação?
Primeiro, vou contar um pouco sobre como um aplicativo que nasce com praticamente dois botões só, vira um superapp.
Em seguida, o que garantiu que a gente alcançasse o nosso objetivo de ser esse superapp.
Desde a parte de estar muito próximo ao usuário, entender o que de fato é um problema para ele e como priorizamos todo o nosso backlog.
Assim como as nossas tarefas de entregas de tecnologia, de inovação, de produto e de experiência dentro da plataforma.
Vou explorar e compartilhar toda essa trajetória e como a gente pode agregar diferentes serviços que fazem sentido para o nosso usuário.
Quem é Fernando?
Fernando Vilela é o Head de Growth e Marketing da Rappi no Brasil. Formado em Economia no Insper, passou pelo mercado financeiro em Private Equity, depois foi trainee e seguiu na área de Revenue Management na Ambev. Entrou focado em expansão na Rappi em São Paulo e hoje responde pelo crescimento e marketing da start-up no Brasil.