Por Christine Salomão, jornalista – diretora de conteúdo da ebdi. Tendências meios de pagamento.
Prever o futuro dos meios de pagamento não é tarefa fácil, mas algumas tendências sugerem que o uso do dinheiro físico diminuirá com o tempo. Já vemos isso acontecendo em algumas partes do mundo, onde as pessoas estão cada vez mais optando por meios eletrônicos de pagamento, como cartões de crédito, cartões de débito e aplicativos de pagamento móvel.
E diante desse cenário, podemos afirmar que a digitalização dos pagamentos é um caminho sem volta. Tanto que até 2025, segundo estudo da consultoria PwC, “as transações sem dinheiro em espécie na América Latina devem aumentar mais de 52%”. No entanto, é importante lembrar que o dinheiro físico ainda é amplamente utilizado em muitas partes do mundo e é difícil imaginar que ele possa vir a desaparecer completamente no futuro.
Além disso, existem questões práticas e culturais que precisam ser consideradas antes de prever o fim do uso do dinheiro. Isso porque o futuro dos métodos de pagamento provavelmente será marcado por uma combinação de diferentes opções, incluindo dinheiro, cartões e pagamentos eletrônicos. Sem falar que a evolução da tecnologia financeira continuará a influenciar a forma como as pessoas pagam umas às outras, mas o dinheiro físico provavelmente não deixará de ser uma parte importante da economia por muitos anos.
“Estamos caminhando para um mundo com cada vez menos dinheiro físico. Mas não com ele totalmente eliminado”, sinaliza a professora de Harvard Shelle Santana, neste artigo da Harvard Business Review, intitulado: “O dinheiro físico tem os dias contados?.”
Tendências meios de pagamento: criptomoedas
Apesar do crescimento acelerado das criptomoedas como meio de pagamento, o método ainda não é amplamente aceito em todo o planeta. A começar que têm muitos problemas a serem resolvidos, entre eles: volatilidade de preços, falta de regulamentação e falta de aceitação generalizada.
Por isso, atualmente, as criptomoedas são mais usadas como investimento ou reserva de valor e menos para meio de pagamento diário. Agora, a tecnologia das criptomoedas está evoluindo rapidamente e pode ser que no futuro elas sejam amplamente utilizadas para fazermos qualquer tipo de pagamento.
De qualquer forma, é muito difícil prever ainda o futuro das criptomoedas como meio de pagamento, mas é certo que sua popularidade e aceitação continuarão a evoluir nos próximos anos. Seu impacto real sobre como pagamos uns aos outros só pode ser avaliado ao longo do tempo.
Abaixo, confira algumas tendências de meios de pagamento para 2023:
Iniciação de pagamentos: as APIs de Iniciador de Pagamentos servem para encurtar e facilitar os processos de transações dos meios de pagamentos em aplicativos online. Essa modalidade faz com que não seja necessário acessar o sistema do banco, além de reduzir pela metade o número de etapas.
Parcelamento de compras digitais: o Buy Now, Pay Later (compre agora, pague depois) é praticamente o sistema de parcelamento no Brasil. Porém, em outros países, a ideia só chegou nos últimos tempos, como um reflexo da alta da inflação global. O serviço possibilita a realização do parcelamento de compras digitais em um formato de empréstimo. Além disso, na maioria das vezes, eles são intermediados por fintechs, que fazem o meio de campo entre a loja virtual e o cliente.
Open Finance: representa a evolução do Open Banking e propõe a abertura do sistema financeiro para o compartilhamento de dados. Essa forma é produzida a partir da autorização do cliente e supervisionada pelo Banco Central. O intuito é aumentar as possibilidades de acesso dos consumidores a outros serviços financeiros, além de melhorar as condições de crédito nos bancos.
Pix para PJ: o Pix, que atingiu o segundo lugar no ranking dos meios de pagamento mais utilizados no Brasil, já se tornou uma realidade para as empresas devido aos benefícios entregues, entre eles: autonomia, comodidade, transparência e controle do fluxo de caixa. O serviço para PJ é parecido com o modelo utilizado por pessoas físicas e disponibiliza transações financeiras, cobranças, geração e leituras de QR Codes.
Leia também: Qual é o futuro dos meios de pagamento? Clique aqui.
