Já está na hora da retomada?
Muitas empresas e executivos estão enfrentando o mesmo dilema e perguntando-se: “Já está na hora da retomada?”.
Além da indiscutível questão sobre a importância do achatamento da curva e da contenção da contaminação por coronavírus, o vírus letal que vem deixando marcas em inúmeros países ao redor do globo, existe, também, a questão econômica.
Apesar de quererem apoiar a sociedade com a paralização das operações ao redor do País, as companhias se perguntam quem está olhando para a sobrevivência delas.
Afinal, parar as operações traz consigo muitos sintomas, sintomas que matam aos poucos a economia dos países e do nosso Brasil.
Existem estudos que indicam que o pico da pandemia tardará a chegar e será enfrentado pelos brasileiros em meados de maio e junho.
Porém, o isolamento já está ocorrendo e as companhias correndo contra o tempo com suas operações parciais ou paralisadas.
Hora da retomada:
A paralisação
Consigo, a paralisação traz consequências que incumbem na necessidade de olhar para o bem mais precioso das companhias: o fluxo de caixa.
Sem ele, é impossível manter a saúde da companhia e o oxigênio se termina.
Com a falta de recursos, as companhias precisam começar a lutar pela vida.
Nesta luta, perdem-se empregos, reduzem-se salários, reduzem-se quadros com férias, reduzem-se escritórios, enxugam-se fornecedores e iniciam-se as brigas com os bancos.
O dilema passa a ser ético e os executivos questionam-se se podem voltar a funcionar; afinal, não existem certezas em relação à segurança para os seus – funcionários, amigos, colegas.
Já está na hora da retomada?
Mesmo se estiver, as coisas tendem a mudar para as empresas, para os consumidores e para a sociedade em geral.
Se você leu até aqui na esperança de que iríamos juntos chegar na resposta para esta pergunta, não foque nisso.
No entanto, existem reflexões importantes a enfrentarmos:
♦ Estamos correndo riscos de uma depressão econômica mundial;
♦ Inúmeras empresas já fecharam as portas neste último mês antes de atingirmos o pico da pandemia. O que acontecerá até maio é incerto;
♦ Muitas companhias não foram contempladas com um plano de governo que auxilie na sua manutenção e se encontram sem opções;
♦ Algumas companhias estão tendo que criar casulos e, com isso, terminam-se parcerias com fornecedores que, por sua vez, também entram nesta onda de incertezas operacionais. Um looping que parece sem fim;
♦ Existem cortes necessários que afetam mais ainda as famílias dos funcionários destes empregadores como: benefícios (VR, VT, …);
♦ O progresso e mudanças feitas até aqui, consideradas não essenciais para a sobrevivência da empresa, mas sim para a sociedade e para as mudanças que viemos tendo ao longo dos anos como o uso de Treinamento e Desenvolvimento, Marketing, Inovação estão sofrendo cortes que gerarão retrocesso.
Poderíamos ficar divagando algumas questões que nos fariam dizer com urgência:
“Precisamos retomar agora nossas atividades!”
No entanto, este movimento gera insegurança. Na verdade como pessoas, estamos parados, lutando dia após dia contra o dilema saúde e economia.
Porém, nem tudo são espinhos.
Alguns aprendizados e sequelas da pandemia nos deixam a certeza de que precisamos mudar muitas coisas e que muitas outras serão exigidas naturalmente pela sociedade que sofreu mutações irreversíveis.
O tempo, por conseguinte, pode ser usado para atuarmos e mudarmos.
Vamos trazer 20 questões para refletirmos durante e pós pandemia.
Você acha que é ou não hora da retomada?
Uma nova versão da sociedade:
Nesta nova versão de sociedade, novas formas de consumo estão surgindo e novas visões do coletivo estão por vir.
Pesquisas apontam um aumento no consumo online, também apontam um novo olhar do consumidor – priorizando marcas com tom emocional positivo e que agreguem, de fato, algum valor para o cliente e para a comunidade.
Podemos dizer, à vista disso, que há um aumento na exigência da comunicação e do posicionamento das marcas em relação ao coletivo e ao que entregam.
O que já vimos em tempos passados e aprendemos que pode modificar para sempre a forma de consumo de produtos e serviços.
Muitas companhias “rasgaram” – em suas próprias palavras – seus planejamentos estratégicos e estão em busca de um novo plano.
Para tal, separamos algumas dicas essenciais para sobrevivência pós coronavírus.
20 questões para refletirmos durante e pós pandemia:
01
Reinvente-se e adapte-se!
Existem pesquisas que mostram que o consumidor estará mais adepto ao online e optará por migrar algumas compras que não imaginavam antes fazer virtualmente;
02
Home Office pode ser uma nova realidade, mesmo que você não consiga aplicar em seu negócio.
Pense em como isso pode vir a ser uma realidade na maioria das companhias e, talvez, uma exigência do cliente interno. Tenha preparado os porquês de fazer ou não fazer;
03
Existirão novas competências para a liderança.
Tenha em mente que lidar com o inusitado, lidar com novas realidades e conectar-se mais (estar mais presente, independente da forma) pode vir a ser “the next big thing” para líderes;
04
Cuidar da mente e do corpo virou matéria essencial para as pessoas em tempos de isolamento e quarentena.
Pense em novas formas de benefícios para o seu cliente interno e, por que não, externo;
05
A humanização virará parte importante para a continuidade dos negócios;
06
A evolução tecnológica não virá mais separada da evolução humana.
Ambas caminharão juntas para a mudança dos negócios;
07
O Treinamento e Desenvolvimento via vídeos e EAD.
Será uma forma de expandir horizontes e quebrar barreiras em empresas de diversos tamanhos;
08
Reuniões virtuais com ferramentas diversas poderão ser a nova forma de interagir com clientes e funcionários.
Diminuindo, assim, custos com viagens e deslocamentos;
09
Existirá uma nova preocupação com a higiene.
Esta, deverá ser enquadrada como prevenção permanente nas companhias e nas casas em geral;
10
O isolamento trouxe consigo uma nova forma de pensar no coletivo e nas relações humanas.
Assim, dando grande visibilidade a interações presenciais e mais humanizadas;
Confira mais 10 questões para refletirmos durante e pós pandemia:
11
A produtividade poderá ser vista de uma forma diferente a partir de agora, não só pelas companhias mas, também, pelos colaboradores.
O que significa que as pessoas estarão mais dispostas a serem cobradas pelo que produzem e não pelas horas que dedicam ao trabalho;
12
A aproximação da casa com o trabalho faz com que as pessoas mudem o mindset em relação a suas prioridades e a gestão de tempo;
13
A contribuição das companhias com a sociedade poderá ser uma nova exigência permanente do consumidor;
14
A educação financeira pessoal e corporativa pode vir a ser o próximo alvo de ensino e necessidade, amenizando o receio de possíveis crises futuras;
15
Existirá uma revisão nas prioridades de investimento das companhias, também, entre supérfluos e essenciais para a sobrevivência;
16
Novos produtos e serviços poderão amenizar as sequelas da pandemia para algumas companhias que souberem praticar a “uberização” de seus negócios;
17
Um cliente interno que se sinta bem cuidado pode produzir mais do que aquele que recebe inúmeros benefícios;
18
A governança corporativa e de dados muda seus olhares para ambientes diversos e precisa de renovação;
19
Um Comitê de reação, ou crise, pode virar assunto de planejamento estratégico das empresas – como medida preventiva;
20
Fazer mais com menos.
Funcionários que não entraram de férias adotam novas funções para suprir seus colegas e acabam produzindo mais.
Além das novas ações advindas da pandemia que podem acelerar novos empregos e novas atividades nas empresas.
Hora da retomada:
Se já está na hora da retomada? Sim, já está.
Precisamos, entretanto, aproveitar este momento para tomar medidas que nos ajudem a sair melhor da pandemia no futuro e estarmos prontos para quando ela acabar.
Isso, sem dúvidas, acelerará novos mercados, novos produtos e serviços.
Desse modo, tire o tempo da pandemia e dedique-se a buscar o novo oceano azul que ajudará sua empresa na retomada e a sair melhor do que entrou nisso tudo.
Não tenha medo de dar pequenos ou largos passos.
Afinal, se nos dissessem 20 anos atrás que teríamos smartphones e internet sem fio, provavelmente não acreditaríamos e assim é a disrupção.ebd
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