Área tributária do futuro: estudo Deloitte

Área tributária do futuro

“À medida que as forças de globalização e as transformações digital e social se estabelecem, a maneira como as empresas operam muda substancialmente”, essa é uma das conclusões do Estudo da Deloitte:  “Construindo a área tributária do futuro – hoje”. Afinal, de acordo com o relatório, “a pressão para a área tributária se transformar nunca foi tão grande.”

“É difícil não perceber os sinais de mudança: na adoção de tecnologias cognitivas; nos novos modelos digitais sendo adotados por autoridades fiscais em todo o mundo; na demanda contínua dos líderes por melhorias na eficiência do back-office e nas estruturas de custos, o que exige maior transparência dos contribuintes corporativos”, de acordo com o Estudo.

Limitada por tempo e recursos, adverte o relatório, “a maioria das equipes tributárias trabalha para permanecer em conformidade em um mundo em constante mudança. A pesquisa da Deloitte “Reportes em um mundo digital” mostrou que as equipes tributárias passam quase metade do tempo criando e atualizando relatórios”.

Embora muitas funções tributárias implementem regularmente novas tecnologias, segundo o relatório, “elas geralmente estão respondendo a uma alteração regulatória ou de relatório específica, com soluções abaixo do ideal em vez de programas inovadores.”

Área tributária do futuro: foco nas novas tecnologias

Entretanto, destaca o relatório, “alguns líderes tributários, sentindo a pressão dessas demandas crescentes, estão começando a assumir que o status quo simplesmente não é mais bom o suficiente. Eles estão explorando o valor que as tecnologias utilizadas em outras partes da organização poderiam oferecer à área tributária.”

E mais, informa a pesquisa, “eles reconhecem que, quando adotadas, integradas e gerenciadas adequadamente – e vistas no contexto de unir pessoas com máquinas em vez de substituir pessoas por máquinas – essas tecnologias são capazes de aumentar a eficiência e agilidade”.

Vale ressaltar que “o relatório não defende uma tecnologia ou modelo operacional específicos para impostos. Em vez disso, utiliza as experiências dos profissionais da Deloitte para examinar algumas das pressões por mudanças, tecnologias cognitivas e sua aplicação na função tributária, além de etapas práticas para estabelecer a função tributária de amanhã, hoje.”.

O Estudo: “Construindo a área tributária do futuro – hoje” está disponível, na íntegra, na versão em inglês – clique aqui para ler.

Brasil: referência global com os avanços da digitalização do sistema tributário

“O fato é que o Brasil se tornou uma referência global com os avanços da digitalização do sistema tributário. Porém, ao mesmo tempo que a digitalização trouxe uma queda expressiva da evasão fiscal de 45% para 20%, também gerou um custo ainda maior para as empresas e a complexidade fiscal decorrente de vários documentos eletrônicos e SPEDs que foram criados”, afirma Paulo Castro Zirnberger, CEO da Sovos, durante palestra realizada, em junho passado, no Encontro SAB CEO, realizado pela EBDI.

De acordo com Zirnberger, “a pandemia acelerou os crescimento do Ecommerce de forma definitiva e com isso a agilidade dos processos de negócio como entrada de pedido, faturamento e entrega se tornam o segredo de sucesso. A simplificação fiscal digital vai trazer a agilidade requerida pelos novos tempos de ecommerce.”

Hoje, explica o executivo, “o cenário fiscal envolve dez tipos de documentos eletrônicos, que consomem mais de R$ 36 bilhões por ano para suas manutenções, e 62 variações de reportes fiscais mensais do SPED. Se analisarmos o custo desse volume de demanda, as pequenas empresas gastam, em média, 3.000 horas anuais. Já as médias consomem 9.000 horas, enquanto as grandes, 34 mil horas por ano.”

Leia também: Reforma tributária 2022: o que muda? – clique aqui.

COMPARTILHE: