Como algumas organizações emergiram mais fortes da crise?

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Como algumas organizações emergiram mais fortes da crise? As respostas estão na Pesquisa Global sobre Crises 2021 da PwC. De acordo com o relatório, 33% dos 2.814 líderes empresariais entrevistados no mundo disseram que a crise teve um impacto positivo em sua organização. E isso por diversas razões, incluindo fatores setoriais e regionais específicos.

Mas o que essas companhias fizeram de diferente? Segundo a pesquisa: “As organizações estão ampliando sua abordagem em relação a riscos e à crise e aplicando uma estratégia holística à resiliência organizacional por meio de: exame minucioso de sua resposta à crise; incorporação de insights e lições aprendidas em sua estratégia corporativa de longo prazo; treinamento para fortalecer a capacidade de preparação e resposta”.

No nível tático, destaca o relatório, “as organizações que experimentaram impacto positivo compartilham vários pontos em comum. Elas tendem muito mais a dizer que deram atenção substancial à discussão sobre resiliência organizacional. Atuar nessas discussões é o próximo passo. Não surpreende que a probabilidade de já ter agido em relação a lacunas ou inconsistências que a crise revelou é maior entre os entrevistados em melhor situação”.

Ao todo, dois em cada cinco líderes globais entrevistados ainda não fizeram uma avaliação completa das ações tomadas, mas 69% disseram que o farão para enfrentar crises futuras. Outro dado interessante é que “as empresas que realizaram uma avaliação de suas ações são muito mais propensas a dizer que estão muito confiantes em sua capacidade de implementar as lições aprendidas”.

Algumas organizações emergiram mais fortes da crise: o que elas fizeram?

Quando indagados sobre “Qual ação mais importante sua organização realizou até agora em resposta à Covid-19?”, a maior parte dos líderes respondeu ter priorizado o bem-estar dos colaboradores. “Desde a transição para o trabalho remoto e implementação de protocolos de segurança até a assistência aos trabalhadores com dificuldades pessoais, as organizações põem o foco no apoio à saúde e à segurança”.

Proteger sua equipes, revelou o relatório, foi a mudança mais importante que os líderes empresariais citaram ter feito em função da pandemia. “No Brasil, 88% disseram que a resposta à crise levou em conta as necessidades físicas e emocionais dos empregados, enquanto no mundo o percentual foi de 80% (32% fortemente)”.

Esse sentimento de proteção se reflete em todo o mundo, aponta a pesquisa. “Na Austrália, uma empresa de produtos industriais lançou um programa de saúde mental. Na Alemanha, a garantia dada por uma empresa automotiva a seus empregados de que não seriam cortados, aliada a um apoio organizacional mais forte, estreitaram os laços entre a gerência e os funcionários.

Diferentes setores: quais foram os mais afetados?

O relatório mostra ainda que “a crise teve efeitos setoriais variados em todo o mundo. Embora poucos saiam ilesos, turismo, lazer e o ensino superior relatam a maior porcentagem de impactos negativos”.

Organizações que têm um plano estratégico de resposta a crises, de acordo com a pesquisa, “conseguem se mobilizar mais rapidamente, estabilizar as operações de negócios e responder com eficácia às ondas de choque da crise”.

“Dois anos atrás, 95% dos entrevistados da primeira Pesquisa Global sobre Crises da PwC disseram esperar uma crise nos dois anos seguintes. Mas quando a pandemia de Covid-19 aconteceu, mais de 30% dos entrevistados não tinham designado uma equipe central de resposta à crise designada”, adverte o relatório.

Leia a pesquisa na íntegra: clique aqui

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