Para potencializar a cultura de inovação, as empresas precisam focar no ser humano. Afinal, quebra de hierarquias, troca de conhecimento, comunicação clara e propósito de vida alinhado ao da organização são iniciativas que colocam as pessoas no centro dos negócios. E, atualmente, é justamente isso o que esperam os colaboradores, principalmente as novas gerações que buscam a felicidade no trabalho.
Por isso, a importância de se criar espaços de trabalho criativos, que permitam a troca de ideias em todos os setores da organização. Ou seja, é fundamental dar poder de voz aos colaboradores para que eles sintam que realmente fazem parte do negócio. Essa estratégia, além de engajar pessoas, é a melhor forma de se gerar vantagem competitiva no mercado, pois a maior parte das boas ideias vem dos próprios funcionários.
Cultura de inovação: “tem que estar enraizada no propósito da empresa”
“Eu não falhei. Apenas encontrei 10 mil maneiras que não funcionavam”, afirmou Thomas Edison, o gênio da lâmpada. A frase foi citada por Paulo Silvestre, diretor executivo da Silvestre Consultoria, na abertura do Encontro Marketing Innovation, realizado em junho passado pela EBDI.
O exemplo da persistência de um do maiores inventores da humanidade serve para mostrar que a cultura de inovação tem que estar enraizada no propósito da empresa. “Não pode ser uma ação pontual e sim contínua”, comenta o executivo.
Não é à toa que “o motor principal das dez marcas mais valiosas do mundo: Apple, Saudi Aramco, Microsoft, Alphabet, Amazon, Tesla, Berkshire Hathaway, Johnson & Johnson, UnitedHealth e Tencent é a inovação”, acrescenta Silvestre.
Segundo ele, a inovação gera vantagem competitiva porque faz com que as empresas se antecipem e busquem novas formas de atender às necessidades, desejos, dos clientes. E em um mercado cuja a concorrência é acirrada, com novos modelos de negócios surgindo a cada dia, fica cada vez mais difícil sobreviver sem investir em novas tecnologias.
“Às vezes a mudança vem de fora e são incontroláveis”, alerta Silvestre, se referindo a pandemia de covid-19, que pegou de surpresa a maior parte das empresas que não estava preparada para vender ou prestar serviços online e acabaram fechando as portas.
“No primeiro trimestre da pandemia, 577 lojas fecharam em 222 cidades, uma perda de R$ 25 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira de Shoppings Centers”, diz Silvestre, se referindo ao ocorrido como “apocalipse do varejo”.
Vale ressaltar que esse termo, “retail apocalypse” surgiu nos Estados Unidos e começou a tomar conta do mercado em 2010. Ele se referia ao fechamento de uma grande quantidade de lojas físicas, sendo um dos principais motivos o rápido crescimento e sucesso do comércio online estadunidense.
Uma tendência que já sinalizava para o setor varejista global a importância de as marcas investirem nas vendas online. Mas essa falta de visão, sinaliza Silvestre, acontece porque “os primeiros sinais de mudança de comportamento do mercado raramente acontecem entre os clientes. Mas, sim, entre aqueles que ainda não são”.
Ou seja, se o público de uma marca não está deixando de comprar nas lojas físicas e nem dá sinais que preferiria fazer a aquisição do produto pela Internet, por que investir em um e-commerce? Tanto que, “antes da pandemia, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico divulgava a abertura de 10 mil e-commerces por mês e, no início do lockdown (abril e maio) foram contabilizados 107 mil novos e-commerces no País”, comenta Silvestre.
Para se aprofundar sobre esse e outros temas de grande importância para se ganhar vantagem competitiva nos negócios, participe do Business Innovation (Inovação e novos negócios). Elaborado pela EBDI, o Encontro reúne, anualmente, em uma imersão de três dias, 50 líderes das organizações mais influentes do país. Clique aqui para mais informações.