Por Christine Salomão, jornalista – diretora de conteúdo da ebdi. Desafios dos CIOs frente aos avanços tecnológicos nos serviços financeiros.
A revolução que a tecnologia está fazendo nos serviços financeiros, além de promover um leque de oportunidades de crescimento para as empresas, tem gerado grandes desafios, especialmente para os Chief Information Officers (CIOs) que desempenham um papel crucial na adaptação às mudanças e na incorporação de inovações que estão redefinindo o setor financeiro.
Principalmente porque os clientes agora esperam experiências financeiras mais individualizadas, acessíveis e convenientes. Não é à toa que as iniciativas em digitalização da gestão financeira das empresas estão se acelerando rapidamente, pois permite a oferta de soluções inovadoras, como pagamentos móveis, consultoria financeira personalizada e acesso fácil a informações em tempo real.
Agora, à medida que mais transações financeiras migram para plataformas online e aplicativos móveis, a segurança cibernética torna-se uma prioridade crítica. E os CIOs precisam implementar soluções avançadas para proteger dados sensíveis, identificar ameaças em tempo real e garantir a integridade dos sistemas, evitando assim possíveis violações que poderiam comprometer a confiança dos clientes.
Já a rápida evolução de tecnologias como inteligência artificial, blockchain e automação exige que os CIOs desenvolvam estratégias eficazes para integrar essas inovações aos sistemas legados. A capacidade de adotar tecnologias emergentes de maneira eficiente pode diferenciar as instituições financeiras, proporcionando melhorias em eficiência, experiência do cliente e redução de custos.
A adaptação à regulamentação é outra preocupação dos CIOs atualmente. Isso porque as instituições financeiras operam em um ambiente altamente regulamentado, e as mudanças nas leis e regulamentos podem impactar significativamente os sistemas existentes. Por isso, os CIOs enfrentam o desafio de manter-se atualizados com as exigências regulatórias e garantir que os sistemas estejam em conformidade, ao mesmo tempo em que buscam oportunidades para inovar dentro desses parâmetros.
Além disso, com a dependência crescente da tecnologia, a resiliência dos sistemas torna-se crucial. E os CIOs precisam desenvolver planos de continuidade de negócios que garantam a operacionalidade contínua em caso de falhas de sistemas, desastres naturais ou ciberataques, minimizando assim o impacto nos serviços financeiros oferecidos.
Cultura organizacional X revolução nos serviços financeiros
Existe uma forte conexão entre culturas organizacionais saudáveis e resultados financeiros sustentáveis. Segundo o professor da Harvard Business School, pesquisador e especialista no tema de cultura organizacional, James Heskett, uma cultura efetiva pode representar entre 20% e 30% do diferencial no desempenho de uma empresa quando comparado com concorrentes que apresentam uma cultura considerada inexpressiva.
E sem uma cultura organizacional flexível, colaborativa e voltada para a inovação, os CIOs não conseguem alinhar sua visão tecnológica com os objetivos estratégicos da empresa. Ao enfrentar esses desafios com resiliência e inovação, eles contribuem não apenas para a eficiência operacional, mas também para a construção de uma base sólida para o sucesso contínuo no mundo financeiro em constante evolução.
Por isso, o C-level precisa se unir em torno de um propósito para promover a transformação cultural da empresa e estimular a inteligência estratégica. Afinal, segundo Peter Drucker, o pai da administração moderna, “a cultura come a estratégia no café da manhã”. E sem focar no business agility deixando as prioridades bem claras e o comprometimento genuíno de todos fica praticamente impossível tornar o negócio adaptável às constantes mudanças do mercado.
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