Por Christine Salomão, diretora de conteúdo da ebdi
Elevado custo das matérias-primas, alta da inflação e incerteza fiscal são fatores que jogarão contra o crescimento econômico no Brasil em 2022, sinalizou, no último dia 08, o cientista político Rafael Cortez, da Tendências Consultoria Integrada, durante a abertura do Encontro SAB CEO, realizado pela EBDI, no Resort Villa Di Mantova, em Águas de Lindóia, São Paulo. Segundo ele, “existe um risco crescente de um quadro de estagflação” no País devido a estagnação econômica e o aumento da inflação.
Para piorar ainda mais a situação, a guerra deflagrada pela Rússia contra a Ucrânia afetou em cheio as commodities que estão com preços em ascensão, podendo aumentar ainda mais a inflação e os juros básicos da economia nacional.
Cortez também analisou o cenário político eleitoral e apontou que “eleitores mais vulneráveis e evangélicos definem o capital político do governo”. Ele alerta que a questão religiosa ganhou muita importância a partir da eleição do presidente Bolsonaro, que conquistou essa parte do eleitorado nacional pelos valores tradicionais e conservadores.
Mas os evangélicos representam cerca de um terço do mercado eleitoral nacional, o que não garante uma reeleição. Ao contrário, “Bolsonaro enfrenta grandes rejeições se comparado ao eleitorado de Lula: que são os brasileiros com renda até 2 salários mínimos”, ressalta Cortez. E isso sugere, na visão do professor, uma alternância de poder”.
Encontro CEO: “O mundo está mais perigoso”
“O mundo está mais perigoso”, afirmou, no último dia 08, o professor de Relações Institucionais da PUC – Rio, João Daniel Lima de Almeida, que também ministrou palestra no Encontro CEO. De acordo com ele, “a União Soviética nunca esteve tão isolada e isso não é bom para o mundo”. Tanto que, segundo o professor, já estamos vivendo uma desglobalização.
Afinal, pandemia, inflação e guerra intensificam o movimento de autoproteção das maiores economias do mundo, principalmente em setores essenciais como o de alimentos e de energia. Resultado: empobrecimento coletivo e menor eficiência na produção global.
Do ponto de vista estratégico, o ataque de Putin à Ucrânia jogou a Rússia de volta à sua posição mais fraca desde a Segunda Guerra Mundial. E os ucranianos mostraram que estão prontos para lutar e que nunca aceitarão um regime fantoche russo. Por isso, segundo o professor, “essa guerra irá durar muitos anos.” Isso sem falar da incerteza de um dano maior, até mesmo de uma terceira guerra mundial, com a Alemanha se rearmando.
Reforma tributária
Dando continuidade ao primeiro dia de palestras do Encontro CEO, Paulo Castro Zirnberger, CEO da Sovos, falou sobre as complexidades das reformas tributárias e os novos cenários econômicos no Brasil. “Segundo ele, é fato que o Brasil se tornou uma referência global com os avanços da digitalização do sistema tributário. Porém, ao mesmo tempo que a digitalização trouxe uma queda expressiva da evasão fiscal de 45% para 20%, também gerou um custo ainda maior para as empresas e a complexidade fiscal decorrente de vários documentos eletrônicos e SPEDs que foram criados”.
De acordo com ele, “a pandemia acelerou os crescimento do Ecommerce de forma definitiva e com isso a agilidade dos processos de negócio como entrada de pedido, faturamento e entrega se tornam o segredo de sucesso. A simplificação fiscal digital vai trazer a agilidade requerida pelos novos tempos de ecommerce.”
Hoje, explica Zirnberger, “o cenário fiscal envolve dez tipos de documentos eletrônicos, que consomem mais de R$ 36 bilhões por ano para suas manutenções, e 62 variações de reportes fiscais mensais do SPED. Se analisarmos o custo desse volume de demanda, as pequenas empresas gastam, em média, 3.000 horas anuais. Já as médias consomem 9.000 horas, enquanto as grandes, 34 mil horas por ano.”
E acrescenta: “analisando a falta de um padrão para a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e), especificamente, mais de 100 formatos são mantidos, gerando um custo anual para alterações técnicas de R$ 12 bilhões. Além disso, um baixo número dos 5.546 municípios do Brasil possui tecnologia para criarem seus padrões e emitirem sua NFS-e, prejudicando sua produtividade e atividade econômica.”
Por isso, na visão de Zirnberger, o Brasil precisa reduzir sua complexibilidade tributária para evoluir. “Recentemente, a Associação Brasileira de Tecnologia para o Comércio e Serviços (AFRAC), entidade que representa 80% do ecossistema de empresas de tecnologia para o comércio e serviços do país, trouxe uma saída para a redução deste encargo, que é o uso da tecnologia para o programa de Simplificação Fiscal Digital”.
E essa padronização com a Nota Fiscal Brasil Eletrônica e dos reportes das obrigações acessórias do país significa, segundo o executivo, “uma redução de R$ 115 bilhões no Custo Brasil, representando um novo patamar anual de R$ 39 bilhões, ou seja, um quarto do atual.”
Esta proposta, conta Zirnberger, “foi analisada pela Frente Parlamentar para Inovação de Comercio e Serviços sob a liderança do Dep. Efraim Filho e já apresentou como o projeto de lei (PLP 178/2021).”
Tecnologia a favor da previsibilidade
Outro assunto relevante abordado no Encontro CEO foi a: “a tecnologia a favor da previsibilidade”. Segundo Jean Paul Vieira, diretor de Marketing & Produto da Senior, que ministrou palestra sobre o tema, “os modelos de negócios sofrem mudanças no decorrer do tempo e, consequentemente, trazem novas necessidades e desafios para os gestores.”
E a tecnologia que atende a realidade de hoje, acrescenta Vieira, “precisa estar pronta para suportar o futuro volume de aplicativos, com experiências diversas e mudanças constantes.”
Por isso, a importância de se acompanhar as prioridades dos CEOS, ressalta Vieira, sinalizadas na pesquisa: “Gartner Annual Tech CEO Survey, 2022”. Entre elas:
- Iniciativas mais urgentes de vendas/marketing/canal: aquisição de novos clientes
- Iniciativas de talento e cultura mais urgentes: atraindo e retendo talentos
- Iniciativas mais urgentes relacionadas a KPIs: crescimento de receita
- Estratégia de produto/serviço mais urgente: identificando novas oportunidades
- Iniciativas estratégicas mais urgentes: eficiência/otimização operacional
Ficou bem claro no Encontro que a previsibilidade de dados é de extrema importância para o crescimento dos negócios na era digital, pois consiste em aplicar modelos matemáticos que auxiliam na identificação de comportamentos e tendências. Resultado de uma equação que envolve a tecnologia em Machine Learning e Inteligência Artificial.
A importância de se falar de ESG no Brasil
O termo ESG é utilizado para medir as práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa. Também tem sido usado para investimentos com critérios de sustentabilidade. Afinal, organizações cuja missão é tornar os negócios mais sustentáveis e com menor impacto ao meio ambiente estão na mira dos investidores.
Por isso, a importância de se falar de ESG no Brasil. Isso porque , segundo André Prado, CEO da BBM Logística, “sustentabilidade ganha cada vez mais status de vantagem competitiva”. O executivo também mencionou ao ministrar palestra, no segundo dia do Encontro CEO, “que as expectativas da sociedade em relação às empresas são crescentes.” E sinaliza que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com questões relacionadas à responsabilidade social (meio ambiente) e com a postura das empresas frente ao tema.
As coisas no futuro
Outro tema importante abordado no segundo dia do Encontro CEO foi “As Coisas no Futuro”. “Com a internet das coisas, os produtos falarão diretamente com quem os produz, possibilitando a construção de melhores produtos, permitindo manutenções planejadas e uma produção mais ajustada”, ressalta Eduardo Peixoto, CEO do CESAR.
Segundo ele, na era da Internet das Coisas, o foco não estará nas coisas. O baixo custo de produção fará com que objetos físicos percam valor. As coisas se tornarão commodities e a diferenciação residirá na inteligência embarcada nas coisas.”
“O grande ganho virá com interoperabilidade”, afirma Peixoto. Isso porque, segundo ele, “a conectividade expande a inteligência das coisas. A interoperabilidade permitirá que diferentes coisas se comuniquem, expandindo a inteligência da rede.”
Já o ciclo de vida dos produtos se estenderá, ressalta Peixoto, e todo produto será intensivo em serviço. “As coisas conectadas serão um meio para a oferta e consumo de novos produtos e serviços.”
O cliente no centro da transformação digital
O cliente no centro da transformação digital da sua empresa, foi tema da palestra ministrada por Fábio Gonçalves, Consultor de Soluções da Zendesk Brasil, no segundo dia do Encontro CEO. Segundo ele, apostar na experiência do cliente é essencial para o crescimento dos negócios.
Mas, para obter resultados, o “foco no cliente precisa ser mudado para foco do cliente. “A experiência do cliente é o processo organizacional. Tudo que é feito precisa estar conectado à real capacidade de entregar as melhores experiências.”, explica.
Uma experiência negativa, exemplifica Gonçalves, “ marca o cliente a ponto de ele não querer voltar a fazer negócios com a empresa”. Por outro lado, uma boa experiência garante a satisfação e a fidelização dos clientes, o que os incentiva a voltar e até divulgar a marca para amigos.
Mas “o atendimento ao cliente não está impressionando os consumidores”, disse Gonçalves, ao apresentar dados de pesquisa da Zendesk: “54% dos clientes relatam que o atendimento ao cliente muitas vezes parece estar no segundo plano e 68% dos clientes dizem haver aspectos a melhorar”, explica.
O interessante é que as empresa têm consciência da importância da experiência do cliente, pois foi o que responderam quando indagadas, de acordo com Gonçalvez, na pesquisa Zendesk sobre o tema:
- “64% afirmaram que o atendimento ao cliente tem um impacto positivo no crescimento de sua empresa;
- 60% afirmaram que o atendimento ao cliente melhora a retenção de clientes;
- 50% afirmaram que melhorias no atendimento ao cliente aumentaram sua capacidade de venda cruzada”.
Novo perfil de jovens talentos
“Na busca pelos melhores talentos, as empresas devem estar preparadas para receber um novo perfil de jovens talentos. Temos um número crescente de pessoas negras, trans e de outros grupos sub-representados nas universidades”, sinaliza Gabriela Augusto, CEO da Transcendemos, durante palestra ministrada no segundo dia do Encontro CEO, sobre o tema “Inclusão e diversidade”.
“A cultura de inovação é maior em empresas mais igualitárias”, enfatizou Gabriela, ao apresentar a pesquisa Getting to Equal 2019 da Accenture. Os resultados do estudo também sinalizam que:
– Colaboradores de empresas mais igualitárias têm menos medo de errar;
– Diversidade e inclusão são mais relevantes para gerar inovação do que aumentos de salário.
Agora, é extremamente importante que as empresas não só entendam o perfil de jovens talentos, como alinhem seus propósitos com as expectativas dos colaboradores. Isso porque os benefícios que fazem a cabeça dos colaboradores hoje são os voltados para o bem-estar.
Já foi o tempo que uma empresa atraia e retinha talentos por salário. E a era digital abriu um leque de oportunidades para quem quer empreender, além de a pandemia ter reforçado ainda mais a importância de se viver com propósito.
Isso está gerando um sério problema no mundo corporativo, pois as organizações precisam fazer com que seus colaboradores abracem suas missões.
“Está muito difícil contratar”, afirmou, Ana Paula, CEO do Infojobs, durante palestra ministrada no segundo dia do Encontro CEO. Segunda ela, a escassez de talentos é oriunda de vários fatores:
– Os candidatos mais jovens estão mudando suas prioridades
– Depois da pandemia, muitas pessoas mudaram seus objetivos de vida
– O aumento da economia colaborativa tem feito crescer as posições informais e freelancers
– A generalização do trabalho remoto muda as regras de trabalho
– O equilíbrio de poder está mudando. O candidato tem mais poder agora (dependendo da posição)
Cultura de confiança
Na visão de Ruy Sergio Shiozawa, CEO da Great Place to Work, que também ministrou palestra no segundo dia do Encontro CEO, para atrair e reter talentos, as empresas precisam construir uma cultura de confiança. “E a credibilidade junto aos colaboradores é algo que precisa ser conquistado”, ressalta.
Além de motivar e engajar pessoas, segundo Shiozawa, os benefícios da cultura da confiança são muitos: “reduz a rotatividade; melhora o clima organizacional, permite o trabalho com autonomia e aumenta a produtividade”.
Para ilustrar como é eficaz a transformação do negócio por meio da cultura e confiança, Shiozawa apresentou o case de superação da própria Great Place To Work, que chegou a operar no vermelho no início da pandemia (queda de 70% na receita) e, dois anos depois, teve o seu best year.
Transformação digital nos negócios da nova era
Já Rodrigo Casado, CEO da Localfrio, falou da transformação digital nos negócios da nova era durante o segundo dia do Encontro CEO e ressaltou a importância de as empresas tratarem a tecnologia como parte da cultura.
Casado também enfatizou que o “papel do CIO está mudando dentro das empresas”. Agora, ele precisa ter uma visão estratégica da essência do negócio e que vá além dos conhecimentos técnicos.
Um CIO do setor varejista, por exemplo, tem que gerar vantagem competitiva para a sua organização tendo como foco o ser humano e não o produto. Ele precisa entender o comportamento do consumidor atual, que ganhou poder de voz na era digital e está cada vez mais exigente.
Tanto que a Fundação Dom Cabral – FDC, com o apoio da Brink’s, realizou uma pesquisa sobre “Meios de Pagamento no Brasil” justamente para identificar e compreender os hábitos e preferências da população brasileira e do segmento varejista em relação aos meios de pagamento.
“A pesquisa também procurou analisar o futuro do dinheiro em um mundo cada vez mais digitalizado”, ressalta Marelo D’Arco, CEO da Brink’s, durante palestra ministrada no segundo dia do Encontro CEO. Segundo ele, “a maior parte das pessoas respondeu que no futuro irão reduzir o uso do dinheiro, porém nunca irão deixar de utilizá-lo”. Já os mais jovens se mostram mais propensos à adoção de outros meios de pagamento, em detrimento ao dinheiro.
Inovação no DNA: Stefanini
“Transformamos nosso conceito de Empreendedorismo na Stefanini em um guarda-chuva de iniciativas de Inovação aberta”, ressalta Marco Stefanini CEO & Fundador da Stefanini, abrindo o terceiro, e último dia, do Encontro CEO. Afinal, a Stefanini respira inovação aberta e a Sala 87, criada para empoderar a todos por intermédio da cocriação e do compartilhamento de saberes, traduz este mindset.
Isso porque a Sala 87 representa o DNA de inovação da Stefanini, que foi fundada por Marco Stefanini, em 1987, na sala da sua casa, quando ele tinha apenas 26 anos. E o espirito empreendedor desse visionário, cuja capacidade de reunir pessoas e construir projetos do zero, dando poder de voz a todos, ainda faz parte do propósito da organização.
Segundo Stefanini, a Sala 87 tem 4 pilares:
- Programa de Aceleração de Startups
Tipos de Startups: Scale up
+ 150 Startups avaliadas em menos de 1 mês de hunting
6 Startups pré-selecionadas
3 Startups aceleradas
- Programa de Instraempreendedorismo
Objetivo: Desenvolver soluções inovadoras originadas pelos colaboradores a partir dos desafios estratégicos da Stefanini
+180 ideias avaliadas
+30 tipos de mentores da própria Stefanini
- Comunidade de inovação para mulheres
Comunidade de mulheres que conecta lideranças femininas para discutir temas relacionados à inovação
+35 mulheres de diversos segmentos de mercado que participam de discussões e reflexões sobre inovação e temas relevantes.
- Think tank de cocriação
O Open Futures é uma iniciativa da Stefanini onde reunimos líderes do segmento interessados na troca de conhecimento para a construção de visões de futuro
Temas abordados:
- Open Futures de Health
- Open Futures de Educação
Automação X futuro do trabalho
Automação e sua importância para o futuro do trabalho foi outro tema discutido pelos líderes no Encontro CEO, cuja palestra foi ministrada por Leandro Kruger, Diretor regional da Rockwell Automation.
De acordo com ele: “neste momento, o acesso à tecnologias digitais que impulsionam a Indústria 4.0 não são mais um desafio, por conta da alta disponibilidade destas e também à redução de barreiras de entrada como, por exemplo, a contratação por assinaturas e ofertas cada vez mais escaláveis, permitindo que as organizações coloquem em prática ações inovadoras como fruto de pensar grande, começar pequeno e crescer rápido.”
Na visão de Kruger, o desafio da indústria conta agora com enfoque na “Cultura de Inovação”, que precisa ser cada vez mais fomentada dentro das empresas. “Quando os líderes inspiram os colaboradores a se transformarem, se tornam agentes de mudança e contribuem para a melhoria dos processos e da aceleração da adoção de novas tecnologias. Desta forma, se os líderes inspirarem a inovação para objetivos de negócios específicos, como por exemplo, obter uma produção ágil, reduzir custos ou aumentar a qualidade, certamente as empresas terão a Indústria 4.0 como uma aliada estratégica”, explica.
Agora, para que a cultura da inovação seja alimentada continuamente dentro das empresas e gere vantagem competitiva na era digital é preciso que os líderes abram suas mentes e enxerguem os impactos da transformação digital em seus negócios a longo prazo.
Inteligência artificial
“Para Sundar Pichai, CEO do Google, o impacto da inteligência artificial no nosso desenvolvimento como espécie será ainda maior do que o do fogo ou da eletricidade”, cita Paulo Braga Filho, CEO da Daxx Omnimedia, fechando o ciclo de palestras do Encontro CEO.
E esse assunto é tão importante, complementa Braga Filho, “que pelo terceiro ano é a prioridade absoluta dos principais CEO’s do mundo”, se referindo a pesquisa global da PWC: CEO Survey – The Year Perspectivas Changed. Afinal, “Inteligência Artificial é a capacidade de sistemas ou máquinas reproduzirem capacidades humanas”, ressalta o executivo.
Outra forte tendência, cita Braga Filho, “é o reconhecimento facial e o emocional – duas aplicações de inteligência artificial”. Segundo ele, existe um forte esforço para aumentar o uso de reconhecimento facial em diversos contextos – do privado ao governamental.
E essa tecnologia é tão poderosa, adverte o executivo, “pois vai desde o uso para desbloquear a sua tela do celular até o reconhecimento de pessoas procuradas em meio a multidões, que já existe movimentos que querem impor regras para o seu uso. Tudo por questão de privacidade”.
Em 2020, em King County, exemplifica o executivo, “o uso de reconhecimento facial foi proibido. Lembram que o Facebook usava esse recurso para marcação de fotos? Ele deixou de usar exatamente para não ir contra esse movimento”.
Mas enquanto discute-se leis para o uso do reconhecimento facial, acrescenta Braga Filho, pouco se fala sobre o uso de outra tecnologia, que é a de reconhecimento emocional. “Startups como Sound Health já conseguem, com um simples áudio de 30 segundos, identificar estados de depressão, ansiedade, estresse, entre outros estados. Imaginem essa tecnologia aplicada ao mercado de anúncios. Tenho certeza que muitos aqui gostariam de anunciar os seus produtos com uma segmentação associada a um estado emocional”, finaliza.
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