A falta de reconhecimento no trabalho é o principal motivo que leva profissionais da geração X a pedir demissão. Foi o que sinalizou a pesquisa da empresa de tecnologia para recursos humanos Pulses, que entrevistou 145 mil funcionários de várias organizações no Brasil. Sem falar que grande parte dos colaboradores hoje se sente invisível aos olhos das companhias por não praticarem técnicas de marketing pessoal ou exercerem atividades pouco valorizadas.
Isso porque muitas tarefas, apesar de serem extremamente importantes para o funcionamento da organização, não são captadas pelo radar de quem avalia o desempenho individual ou coletivo de cada um dos times. E a falta de reconhecimento, além de causar frustação, de acordo com o relatório da Pulses, faz com que os colaboradores apresentem cinco vezes mais risco de pedir demissão.
Já a pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios, além de apontar a falta de reconhecimento no trabalho como uma insatisfação de grande parte dos funcionários atualmente, destaca o que mais desmotiva os colaboradores. Confira abaixo:
- 55,61% falta de reconhecimento no trabalho
- 14,5% ser contratado para uma tarefa e atuar em outra
- 12,42% fazer as atividades de um colega, mas com salario menor
- 8,79% acumular funções de outras pessoas
- 7,67% realizar atividades diferentes da minha profissão
Vale destacar também a pesquisa da revista Exame, que mostrou os 3 vilões da motivação no trabalho, levando-se em consideração a faixa etária dos entrevistados. Confira a seguir:
- 24,1% dos jovens, entre 21 e 28 anos ficam desmotivados com: salário abaixo da expectativa
- 24,3% dos maduros, entre 29 e 35 anos ficam desmotivados com: atmosfera pesada na organização
- 26,3% dos mais experientes, entre 43 e 49 anos ficam desmotivados com: falta de reconhecimento do trabalho
Falta de reconhecimento no trabalho: vínculos raros com as organizações
A falta de reconhecimento no trabalho, além de contribuir para a demissão voluntária, faz com que as novas gerações criem vínculos rasos com as organizações. Estudo encomendado pela Você S/A ao Lagom Data – estúdio de inteligência de dados – mostrou que, “mensalmente, meio milhão de brasileiros pediram demissão de forma voluntária entre o início de 2020 e o final do ano passado”. Este índice é o dobro do registrado nos anos anteriores à pandemia.
Para chegar a essa conclusão, “a Lagom analisou quase 188 milhões de registros de movimentações trabalhistas do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), de 2016 até novembro de 2021”. Diante desse cenário, as organizações brasileiras estão tendo que repensar suas formas de trabalho e seus planos de carreira para reter e atrair talentos, tendo a capacitação como uma forte aliada.
E para atender às necessidades dos colaboradores, os profissionais de RH têm priorizado cada vez mais as competências comportamentais na hora de contratar. Elas demonstram a capacidade que um colaborador tem de ser proativo, inovar, tomar iniciativas, empreender, aprender coisas novas, mudar as coisas à sua volta etc.
Por isso, o fit cultural é uma forma eficaz de avaliar pessoas atualmente. A metodologia ajuda os profissionais de RH na identificação de traços comportamentais e de personalidade do candidato, que são compatíveis com o ambiente organizacional.
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