Gerenciando a si mesmo – Artigos da Harvard Business Review sobre como administrar a própria carreira

Gerenciando a si mesmo

A obra “Gerenciando a si mesmo” é leitura certa para quem precisa de ajuda para administrar a própria carreira. O livro, que reúne artigos fundamentais da Harvard Business Review, mostra o melhor caminho para se traçar uma jornada profissional bem-sucedida. A começar por uma autoanálise sincera.

Isso porque os artigos de “Gerenciando a si mesmo” apresentam conceitos que te ajudarão a construir uma estratégia de vida e a investir seu precioso tempo, sua energia e seu talento de acordo com seus objetivos principais. Ou seja, focar no que realmente lhe trará retorno.

A obra também aborda temas importantes para o sucesso profissional, como os citados a seguir:

– renovar sua energia física e mental

– reduzir a dispersão e a agitação frenética

– espalhar energia positiva em sua organização

– recuperar-se de momentos difíceis

– conectar-se a seus valores profundos

– solicitar feedback honesto

– buscar o equilíbrio entre trabalho, família, comunidade e suas próprias necessidades

– delegar e desenvolver o espírito de iniciativa das pessoas

“Gerenciando a si mesmo” – onde encontrar o livro: clique aqui

Gerenciando a si mesmo: Peter Drucker

Abaixo, um trecho do artigo escrito por Peter Drucker, o pai da administração moderna, publicado na obra:

“Napoleão, Leonardo da Vinci, Mozart – sempre foram gestores de si mesmos. Em boa medida, foi essa a razão de seu sucesso. Mas estamos falando de exceções, de indivíduos tão excepcionais em talento e em realizações que podem ser considerados além dos parâmetros de normalidade da existência humana. Atualmente a maioria das pessoas, mesmo aquelas com atributos modestos, precisa aprender a gerenciar a própria vida. Temos que aprender a nos desenvolver, a nos posicionar onde poderemos dar a maior contribuição possível e a estar mentalmente alertas e comprometidos durante 50 anos de uma vida profissional, o que significa saber como e quando mudar o trabalho que realizamos.

Quais são meus pontos fortes? A maioria das pessoas acha que sabe quais são seus pontos fortes ou potencialidades. Em geral, estão erradas. Com frequência, conhecem melhor suas fraquezas – e, mesmo assim, muitas se enganam. No entanto, um desempenho de alto nível depende apenas das potencialidades de cada um. Não é possível alcançá-lo com base nos pontos fracos, muito menos com base naquilo que não se consegue realizar de forma alguma.

Ao longo da história da humanidade, não houve necessidade de conhecer os próprios pontos fortes. Uma pessoa nascia numa posição social e com uma ocupação predefinida por seus antepassados: o filho do camponês seria camponês, a filha do artesão deveria se casar com um artesão e assim por diante. Mas hoje temos opções. Precisamos conhecer nossas qualidades para saber onde nos inserir. A única forma de descobri-las é por meio de análise de feedback.

Sempre que você tomar uma decisão importante ou realizar uma ação de peso, anote os resultados esperados. Nove ou 12 meses depois, compare os resultados reais com suas expectativas. Pratico esse método há mais de 20 anos e toda vez me surpreendo. A análise de feedback me mostrou, por exemplo – e para minha grande surpresa –, que tenho afinidade intuitiva com pessoas da área técnica, como engenheiros, contadores ou pesquisadores de mercado, e que realmente não me afino com pessoas de funções mais generalistas.

A análise de feedback não é um conceito novo. Foi inventada no século XIV por um teólogo alemão desconhecido e recuperada cerca de 150 anos depois por João Calvino e Inácio de Loiola, de forma independente. Ambos a incorporaram às práticas recomendadas a seus seguidores. Aliás, o foco constante em desempenho e resultados que esse hábito produz explica por que as instituições fundadas por esses dois homens – a Igreja calvinista e a Companhia de Jesus – dominaram a Europa em menos de 30 anos.

A prática consistente desse método simples lhe indicará em pouco tempo, talvez dois ou três anos, quais são seus pontos fortes – e é muito importante conhecê-los. O método mostrará o que você faz ou deixa de fazer que o impede de se beneficiar de forma plena de suas potencialidades. Também revelará em que você não é particularmente competente e, por fim, as áreas em que suas potencialidades são reduzidas e, portanto, você não produzirá bons resultados. Várias implicações para a ação decorrem da análise de feedback”.

O livro “Gerenciando a si mesmo” também traz artigo bônus, de Clayton M. Christensen: “Que critérios pautarão sua vida”?

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