Indústria 4.0: IA como força motriz dos negócios

compartilhe este artigo:

Por Christine Salomão, jornalista – diretora de conteúdo da ebdi. Indústria 4.0: IA como força motriz dos negócios.

A revolução industrial não é um conceito novo, mas a era da Indústria 4.0 está levando esse paradigma a novos patamares. No centro dessa revolução está a Inteligência Artificial (IA), uma tecnologia que está transformando radicalmente a maneira como as empresas operam, produzem e entregam seus produtos e serviços.

“E a IA veio para ficar”, afirma Fábio Belemer Pereira, gerente de TI – Indústria 4.0 e transformação digital – na M. Dias Branco, ao ministrar palestra no Mastering: Industry Tech Innovation 2024, que aconteceu de 13 a 15 de março, no Hotel Victoria Villa, em Curitiba (PR), uma iniciativa ebdi.

Pesquisa da KPMG, em 2023, mostra que “o apetite dos líderes por tecnologias emergentes mais do que triplicou no último ano, passando de 10% dos líderes que responderam à pesquisa no ano passado para 38%”, informa o executivo.

Pereira citou também o estudo da McKinsey: “mais de 52% dos CEOs relataram separar mais que 5% do seu orçamento para iniciativas de IA. E o mesmo Estudo revela que “61% dos entrevistados atribuem um aumento da receita a IA e que 42% dos entrevistados atribuem a diminuição dos seus custos atribuídos a IA”, enfatiza o executivo.

Mas para ter sucesso com IA, “você precisa escutar a sua fábrica, pois a fábrica fala. E quanto mais informação melhor, ou seja, o segredo é  aumentar o palheiro para achar a agulha com mais facilidade”, diz Pereira e acrescenta:  “Isso porque não dá para falar de IA sem dados.”

E com o avanço da tecnologia hoje, explica o executivo, “existem muitas soluções de captura de dados através dos Sistema de automação. Além das estruturas de automação estarem muito mais maduras com relação a coleta e compartilhamento de dados”.

Atualmente, diz Pereira, também “houve uma democratização de sensors IOT, o que trouxe a possibilidade de extrair informações de máquinas que até então não conseguiam ter informações extraídas”. E outro ponto positivo na visão do executivo é que “a estruturação dos dados e o armazenamento também ficou muito mais barato e as tecnologias de historiação e até a ingestão de dados ficou muito mais simples nos dias atuais”, enfatiza.

Agora, “como as indústrias estão acelerando a transformação digital com redes móveis privadas e IA” foi outro tema abordado no Encontro, cuja palestra foi ministrada por Felipe Locato, gerente de inovação tecnológica da Logicalis.

Segundo o executivo, “a Industria 4.0 não se refere somente ao tema de automação dos processos fabris, como nós todos sabemos muito bem. A maneira que vemos a transformação digital na indústria é muito mais abrangente e considera a cadeia completa de valor para o cliente. Desde a concepção do produto até a entrega dele ao cliente final.”

“O olhar holístico da cadeia de valor”, acrescenta o executivo, “permite buscar ganhos em diversos momentos do processo. Faz-se necessário que se tenha uma compreensão ampla do processo completo. Uma observabilidade pervasiva de toda a cadeia de valor permite que a empresa atue precisamente no nó ou no gargalo identificado, economizando recursos e capturando valor muito mais rapidamente.”

Locato destacou também alguns “benefícios da rede móvel celular, que oferece  melhor mobilidade devido a protocolos mais sofisticados que garantem um roaming mais rápido entre os rádios da mesma célula. Conta ainda com uma latência reduzida de até 05ms, mesmo em redes com múltiplos dispositivos conectados.”

“Parâmetros de traffic shaping avançados e mais funcionalidades de QoS permitem configurações  de packet delay, error rates, e garantia de entrega dos pacotes.  Além de a rede celular possuir um Stack completo de segurança, incluindo criptografia e controle de acesso dos dispositivos e usuários”, acrescenta o executivo.

Leia também: Mercado da Indústria 4.0 no Brasil