Quais as tendências de inovação na indústria para 2022? Afinal, o setor foi fortemente afetado no ano passado pela crise econômica global, fruto da pandemia de Covid-19, o que vai exigir mais empenho das empresas este ano. E as novas tecnologias podem ajudar as organizações a se recuperarem, pois geram vantagem competitiva e ajudam a melhorar o sistema produtivo nacional.
A exemplo de muitos países, cuja integração entre as máquinas e tecnologias de alto nível já estão em pleno funcionamento, conferindo mais eficiência ao sistema produtivo. A migração para a computação na nuvem, por exemplo, é uma tendência para 2022, pois oferece uma plataforma excelente para manter os dados industriais, seus históricos, listas de inventário, além do uso de dados sob demanda.
A computação em nuvem também é eficaz por permitir que a organização acompanhe o comportamento das máquinas em tempo real, além de análise centralizada e orientada por dados para a tomada de decisão. Sem falar na integração dos sistemas que são fundamentais em ambientes industriais.
Inovação na indústria: outras tendências
A automação de contas a pagar também é tendência em 2022. Ao adotá-la, a indústria aumenta a produtividade do departamento financeiro, pois consegue alinhar e conectar os pagamentos com todas as outras ações realizadas pela empresa.
Os processos manuais dificultam o trabalho do setor financeiro porque os profissionais da área não têm uma visão geral de todos os títulos: suas respectivas datas de pagamentos, quais descontos foram aplicados etc. E isso vai exigir grande parte do tempo da equipe para validar as contas a pagar.
Por outro lado, a integração das operações conduzidas pela indústria 4.0 pode contribuir para o aumento dos ataques cibernéticos, o que exige das empresas mais investimentos na proteção de dados e faz da segurança cibernética uma das principais tendências para 2022.
Investimentos em cibersegurança no Brasil
Os investimentos em cibersegurança estão crescendo muito no Brasil em função dos riscos eminentes de ataques hackers, que veem tirando o sono de muitos gestores. Afinal, a cada ameaça, a empresa deve estar preparada para defender e proteger seus dados, sendo que a maior parte delas não está.
O País tem sido um dos principais alvos globais de ataques cibernéticos. Só no primeiro semestre de 2021, o Brasil ultrapassou o volume de ataques de 2020, com um total de 9,1 milhões de ocorrências, segundo estudo realizado pela consultoria Roland Berger.
Esse número de ocorrências – considerando apenas os de “ransomware”, que restringem o acesso ao sistema infectado e cobram resgate em criptomoedas para que o acesso possa ser restabelecido – coloca o Brasil na 5ª posição das maiores vítimas de hackers no mundo, ficando atrás dos EUA, Reino Unido, Alemanha e África do Sul.
Leia a matéria: 83% das empresas brasileiras preveem aumento nos gastos cibernéticos em 2022
Indústria 4.0
Mas a Indústria 4.0 no Brasil ainda é uma realidade distante. Tecnologias como Inteligência Artificial (IA), Internet das coisas e Robótica exigem do setor industrial investimentos pesados em infraestrutura, além de uma cultura forte das organizações para que não haja resistência às mudanças por parte dos colaboradores.
O fato de o Brasil estar mergulhado nos últimos anos em uma crise econômica, que só se agravou com a pandemia de Covid-19, também retardou o processo de digitalização da indústria nacional. O que nos torna cada vez menos competitivos no cenário global. Leia a matéria – Indústria 4.0 no Brasil: setor ainda engatinha frente ao cenário global.
Uma das formas de se aprofundar sobre estes e outros assuntos que envolvem a Indústria 4.0 é debatendo com profissionais da área. Participe do Industry Tech Innovation – a reunião virtual, uma iniciativa da EBDI, terá cerca de 50 executivos. Clique aqui para mais informações.