Uso de meios eletrônicos de pagamento muda comportamento do consumidor

Meios eletrônicos

O crescimento do uso de meios eletrônicos de pagamento durante a pandemia de Covid-19 aponta uma mudança no comportamento do consumidor que veio para ficar. A tendência é que as pessoas exijam cada vez mais agilidade, segurança e eficiência nas suas transações financeiras pessoais ou jurídicas.

No acumulado de janeiro a setembro do ano passado, os pagamentos por meios digitais chegaram a R$ 1,38 trilhão – um crescimento de 31,4%, de acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Foram realizadas, neste período, 16,3 bilhões de transações, que correspondem a R$ 306,9 bilhões em compras não presenciais.

Isso se deve muito aos avanços da indústria de pagamentos digitais em todo o mundo no ano de 2020. No Brasil, o Pix é um bom exemplo. Criado pela Banco Central, o pagamento instantâneo agilizou bastante as transferências bancárias. Em 10 segundos e usando um aplicativo de celular, qualquer pessoa (física ou jurídica) recebe ou transfere o valor desejado para outra conta.

Meios eletrônicos de pagamento por aproximação

Outra tendência é o uso de pagamentos com cartão – crédito ou débito – por aproximação. O recurso se tornou muito necessário agora na pandemia, pois previne a transmissão da Covid-19, além de servir como modelo para outros setores – transportes, entretenimento etc.

Integrar operações física e online também ajudarão o comércio a crescer receitas. Utilizar o drive-thru para retirar produtos, por exemplo, é uma boa pedida para compras online. Agiliza o processo de pagamento e entrega. O mesmo irá acontecer com lojas físicas: se transformação em pontos de trocas ou vitrines para os clientes experimentarem os produtos.

Moedas digitais reduzirão custos para o setor varejista

As moedas digitais também se tornarão, a longo prazo, uma das práticas mais frequentes do setor varejista. Imagina poder receber rapidamente do cliente (sem nenhuma burocracia) e ainda não pagar taxas para os cartões de crédito.

Por outro lado, existe uma tendência por parte dos cartões de crédito na ampliação de benefícios para o consumidor visando atender suas necessidades.

Além dos programas de fidelidade, proteção de compra, garantia estendida etc, a customização de vantagens para o cliente ganha cada vez mais atenção. Cada um deles tem suas metas: viajar, decorar a casa, estudar, aprender idiomas, entre outros desejos. E todos esses sonhos podem se tornar realidade com o acumulo de pontos.

Cenário de inadimplência crescente

Mas a adoção por parte dos consumidores dos meios de pagamentos online não esconde um cenário bem triste: o aumento da inadimplência. O que exige por parte das empresas mais investimentos na cobrança automatizada, pois ela monitora o ciclo de recebimentos, verifica reincidência e moderniza a negociação.

Segundo Leandro Salatti dos Santos e Marlon Brando da Silva, especialistas nas áreas de crédito e cobrança, “as empresas já vinham trabalhando e acelerando as iniciativas de digitalização e de automação dos processos de cobrança, motivadas pela necessidade de reduzir custos em um cenário de inadimplência crescente”.

Essa iniciativa, de acordo com eles, se mostrou bastante eficiente à medida que as pessoas foram se acostumando com as ferramentas automatizadas.

Com a pandemia, explicam os especialistas, “este movimento passou a ser fundamental, uma vez que a quarentena e, em alguns casos, o lockdown completo de algumas localidades, forçou a necessidade de se aprimorar as ferramentas existentes para alternativas digitais mais robustas”.

Leia na íntegra o artigo escrito por eles: “O desafio do crédito e cobrança no Brasil pós Covid”.

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