Novo CFO: 40% das atividades não estão ligadas a área de finanças

CFO

A era digital mudou e muito o papel do CFO dentro das organizações. E os desafios desse profissional só crescem atualmente com a crise pandêmica, que acelerou a transformação digital. Afinal, por uma questão de sobrevivência, as empresas tiveram que fazer mudanças operacionais rápidas, além de integrar o fluxo de informações de vários setores para tentar mitigar riscos e encontrar novas perspectivas dentro de um cenário tão incerto.

E para enfrentar tantos obstáculos, o CFO é de longe o profissional com mais experiência na gestão de mudanças dentro das organizações. Principalmente em Países como o Brasil onde a instabilidade econômica dificulta o trabalho da área financeira, o que requer muita visão de mercado, até mesmo para driblar a concorrência. Por isso, as atividades destes profissionais não devem estar ligadas exclusivamente a finanças.

De acordo com dados da Raconteur, agência de conteúdo para business decision-makers, 41% das atividades dos atuais CFOs não estão ligadas a área de finanças. E sim a “liderança estratégica, transformação organizacional, gerenciamento de desempenho, alocação de capital financeiro e humano, tendências tecnológicas”, entre outros assuntos relevantes.

CFO: na transformação digital

Com os avanços tecnológicos, o fluxo de informações das organizações se tornaram um diferencial competitivo. “De repente, um montante incomensurável de dados que estavam perdidos em algum lugar inalcançável está vindo à tona, e se torna instrumento essencial para compreendermos melhor os negócios e desenvolvermos soluções de sucesso. Temos que dar sentido a esses dados e usá-los como uma vantagem competitiva e gerencial para melhor servir nossos clientes”, considera Othon Almeida, Chief Operating Officer da Deloitte Brasil, no Estudo: “Hora Decisiva – Finanças em um mundo digital”.

O Estudo da Deloitte mencionado acima aponta sete grandes desafios enfrentados pela área financeira na transformação digital: cloud; robótica; visualização; analytics avançado; computação cognitiva; processamento in-memory; e blockchain.

Além disso, a pesquisa ressalta o que deve estar no radar dos executivos de finanças diante das disrupções digitais. Veja abaixo:

Os volumes de dados estão explodindo:

A informação está inundando os negócios, causando uma explosão no volume de registros de dados. Termos como big data, mídias sociais e internet das coisas (IoT) agora devem estar no vocabulário cotidiano dos gestores. Afinal, o mundo cria 2,5 quintilhões (10¹ 8, ou dez elevado à décima oitava potência) bytes de dados todos os dias.

Não estruturado é diferente:

O crescimento massivo de dados estruturados já é por si só um grande desafio, mas a quantidade de dados não estruturados, como os presentes em vídeos, fotografias e textos, apresenta desafios analíticos que muitas áreas financeiras não estão preparadas para enfrentar. Grande parte delas não tem nem a tecnologia nem os recursos humanos para acompanhar essa evolução.

Área de finanças não tem a exclusividade das análises:

Os executivos de negócios hoje têm acesso a ferramentas de análise que antes costumavam ser de propriedade exclusiva da área financeira. Quando áreas de finanças não conseguem agregar valor como esperado, seu papel de parceiro do negócio fica ameaçado.

Ciclos de negócios estão online:

Em um mundo digital, produtos podem ser lançados em horas, em vez de meses. Mas podem também desaparecer com a mesma rapidez – assim como seus clientes. Os ciclos de planejamento, forecasting, alocação de capital e fechamento já estão aptos a migrar para o ambiente online. Como a área financeira consegue fazer mais coisas em tempo real?

As restrições de recursos e talentos são reais:

Para quem vai atuar em finanças digitais, há a tendência de se valorizar habilidades com o foco nas áreas de ciências de dados e parceria de negócios. Muitas áreas financeiras entretanto não têm o pessoal adequado para promover as mudanças demandadas. Treinamento e desenvolvimento podem ajudar, mas a necessidade de recrutar pessoal com novas habilidades está assumindo uma nova urgência.

Uma das formas de se aprofundar sobre os desafios da área financeira em meio a crise pandêmica é debatendo e dividindo experiências com profissionais de vários setores. Participe do CFO – a reunião virtual terá cerca de 50 executivos. Clique aqui para mais informações.

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