O que é Web3? É uma evolução da internet que usamos atualmente e seu conceito foi citado pelo engenheiro britânico Gavin Wood, co-fundador da criptomoeda Ethereum. Construída sobre o conceito de uma arquitetura descentralizada, um dos seus objetivos é devolver o controle dos dados aos usuários em vez de concentrá-lo na mão de grandes plataformas de tecnologia, como Apple, Facebook (Meta), Google e Microsoft.
Isso será possível pelo registro das ações na blockchain, usada como infraestrutura de grande parte das criptomoedas existentes hoje e que permitirá uma conexão criptografada e descentralizada – sem intervenção de um servidor central — com registros visíveis e verificáveis.
Ou seja, trata-se de uma rede totalmente transparente, com base na inteligência artificial e tecnologia blockchain. E com grandes vantagens para as pessoas se tratando de privacidade, principalmente na segurança de dados, justamente por conseguir limitar a influência de grandes empresas de tecnologia.
Web3: tokenização
Um dos conceitos fundamentais da Web3 é a tokenização, cujo processo consiste no registro digital de dados em uma rede blockchain.
Com isso, as informações são criptografadas e armazenadas em um banco de dados que pode ser verificado publicamente, mas não pode ser alterado sem que haja um novo registro.
E a partir desse processo surgiram novas modalidades de administrar negócios e de adquirir bens e serviços. Como NFTs, que representam a posse específica e individual de obras de arte e objetos raros que são comercializados por meio de criptomoedas.
As DAOs (organizações autônomas descentralizadas) são outro exemplo. Mas como elas funcionam? Para começar, os fundadores criam uma criptomoeda, chamada de token de governança. E esses ativos digitais são distribuídos entre os usuários, apoiadores e outros stakeholders da organização.
A partir disso, cada token corresponde a uma quantidade definida de poder de voto dentro da DAO. Detalhe: eles podem ser comprados ou vendidos conforme a vontade do proprietário.
Agora, vale ressaltar que esses exemplos citados acima contam com a intermediação de bancos e outras organizações financeiras. Esse tipo de transação, também conhecido como “peer-to-peer” (P2P), se destaca pela troca de informações e recursos ser de igual para igual entre os usuários.
Interação mais direta
A interação mais direta entre público, criadores de conteúdo e marcas na Internet são um dos benefícios da Web3. Isso porque nos dias de hoje, marcas e criadores de conteúdo estão sujeitas às políticas internas das redes sociais para terem alcance online.
Na prática, a ideia é que um perfil em NFT contenha todo o histórico de conteúdos gerados por um usuário, criador ou marca. Esses perfis então poderão se conectar entre si, engajar e configurar formas de monetização. Agora, a grande dúvida é: como as empresas irão criar uma estratégia de marketing segmentada sem dados do público?
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