De olho na retomada: reflexões para uma economia pós-coronavírus

Reflexões  pós-coronavirus

Confira o artigo – De olho na retomada: reflexões  para uma economia pós-coronavírus.

O coronavírus tem causado estragos em todos os continentes, dizimando vidas e enfraquecendo a economia mundial.

A fim de traçar possíveis estratégias de retomada, fazer um paralelo com episódios anteriores é uma opção.

Todavia, as consequências da paralisação econômica causada pela pandemia do Covid-19 são equiparáveis às crises financeiras de outras épocas? Vamos descobrir neste texto. Boa leitura!

Reflexões  para uma economia pós-coronavírus.

Coronavírus e o estancamento da atividade econômica:

Uma palavra (Covid) e um número (19). A junção destes dois elementos gráficos nunca foi tão difundida e sua recorrência no noticiário mundial é alarmante.

Afinal, o Covid-19 abalou as grandes estruturas da sociedade, mudando radicalmente os hábitos e o poder de compra de clientes e consumidores, alterando o abastecimento de suprimentos, reforçado limites territoriais.

Com efeito, tudo isso desestabilizou a economia, trazendo à tona o fantasma da recessão global.

A doença causada pelo coronavírus, o Sars-Cov-2, rapidamente tomou uma proporção mundial. 

Transformando-se em pandemia e ganhando uma importância sem precedentes do ponto de vista não só de saúde pública, mas também econômica.

Incontestavelmente, a pandemia fez as Bolsas se desestabilizarem nas últimas semanas, promovendo um cenário de incertezas e, por conseguinte, desacelerando economias do mundo inteiro.

Reflexões  para uma economia pós-coronavírus.

Toda comparação é válida?

Embora o colapso gerado pelo coronavírus não tenha começado como crise financeira, ela rapidamente tomou as proporções de uma crise de grande austeridade.

E, a fim de tentar antecipar possíveis impactos e colaborar com a tomada de medidas de contingenciamento mais acertadas, a comparação com crises anteriores é inevitável.

De fato, estabelecer uma relação da conjuntura atual com os episódios do passado pode nortear decisões do presente, mesmo que as implicações de uma crise nunca sejam iguais às outras.

A possível existência de semelhanças entre a crise do novo coronavírus com ocorrências anteriores não estão nas suas causas, e sim em termos relativos às consequências.

Assim, memórias e traumas do passado podem fornecer algum insight sobre a adoção de medidas mais adequadas para o enfrentamento dos monstros do presente – nesse caso, o Covid-19.

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O estouro das bolhas:

Decerto, as ​​consequências econômicas da crise global do coronavírus já estão sendo sentidas.

O potencial do Covid-19 para fazer a economia sair dos trilhos é diariamente expressada na queda das bolsas de valores de todo o mundo.

A doença não possui precedentes históricos e, dessa forma, dificulta a elaboração de uma resposta de política econômica eficiente.

Apesar de que crises globais tão severas – capazes de derrubar as taxas de crescimento da economia internacional – não sejam muito comuns.

Selecionamos alguns marcos históricos que podem ser tomados como exemplos para estimular ações pós-corona.

Os efeitos da paralisação econômica causada pela crise do Covid-19 podem ser comparados às crises financeiras oriundas da explosão de duas bolhas especulativas nos Estados Unidos: a bolha da internet e a bolha imobiliária.

Ambas foram responsáveis pela derrocada de mercados financeiros do mundo todo nos anos 2000, gerando os colapsos econômicos conhecidos como “crise das pontocom” e “crise do subprime”.

Ademais, levantamos um breve histórico desses períodos de adversidade e quais medidas foram adotadas para combatê-los. Continue conosco!

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A crise das “pontocom”

Semelhantemente ao que tem acontecido com a crise do corona, a crise das “dot com” também causou grande impacto, fazendo com que empresas e governos fossem pegos de sobressalto.

O episódio deu origem a políticas de bloqueio e contenção de crise que, por si só, geram um custo econômico expressivo.

O estouro da bolha da internet, fenômeno que serviu de estopim à crise das pontocom, foi consequência direta dos excessos do expoente conhecido como “nova economia”.

Nesse contexto, graças ao êxito das companhias de tecnologia, o mercado especulativo entendeu que era a hora de investir massivamente em empresas online.

Essa estratégia inflou o valor de empresas de internet que não tinham receita e, em 10 de março de 2000, a bolha estourou.

A crise deixou um rastro de quebras e fechamentos, de tal forma que, no final de 2001, mais de 5 mil empresas descontinuaram suas operações.

Compras e fusões de corporações dos setores de internet e telecomunicações foram realizadas para conter o rombo nas contas das empresas de capital de risco.

No mesmo ano, com o intuito de conter danos, o governo norte americano iniciou cortes sucessivos nas taxas de juros por meio do Federal Reserve.

Graças aos cortes, o consumo permaneceu forte e a economia deu seus primeiros sinais na retomada tanto no crescimento, quanto na estabilidade com a maior concentração de capital.

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A crise do subprime

Também chamada de a “crise das hipotecas podres”, ficou conhecida como a Grande Recessão e foi, com toda certeza, a crise mais grave desde o crash de Wall Street em 1929.

A crise do subprime foi resultado da alta inadimplência em empréstimos do setor imobiliário dos Estados Unidos em 2008.

Na ocasião, diversas empresas faliram, outras perderam boa parte de seu capital, promovendo um desequilíbrio financeiro agudo que se seguiu à quebra do banco de investimento Lehman Brothers.

Como medida para arrefecer a recessão, o governo realizou medidas de intervenção em massa na economia dos EUA.

A primeira determinação, ainda na presidência do Bush, foi congelar o sistema financeiro por meio de um pacote de US$ 700 bilhões.

Em seguida, o presidente Obama também interviu com o lançamento de um plano de estímulo orçado em quase US$ 800 bilhões.

As iniciativas buscavam revitalizar a economia de tal forma que, em poucos meses, possibilitou o fomento à indústria e o saneamento de balanços bancários.

Tanto a crise das pontocom, quanto o colapso do setor imobiliário convergem em uma mesma característica: a maior parte dos acontecimentos ocorreu em solo americano.

Contudo, vale ressaltar que ambas tiveram reflexos no mundo inteiro, uma vez que boa parte do capital que movimentava estes mercados era oriundo de fontes internacionais.

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A crise do coronavírus e a recuperação da economia

De acordo com o que vimos, toda crise possui características próprias, uma vez que cada uma ocorreu num contexto econômico particular e, portanto, suas formas de recuperação e retomada se deram formas e em condições únicas.

Em resumo, as séries históricas nos ensinam que, conforme um quadro econômico crítico se delineia, o tempo e a intensidade da volta à normalidade não são facilmente mensuráveis.

Às vezes é preciso esperar meses para ter uma visão macro e entender a dimensão real da crise em toda a sua extensão.

Mas, ao menos em uma coisa todas as crises seguiram certo padrão: depois de um período crítico, tempos melhores sempre aparecem.

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