O aumento da acessibilidade aos meios de captura de pagamentos permitiu ao varejo oferecer produtos e serviços financeiros aos seus clientes, o que é um boa estratégia para as empresas do setor aumentarem o seu market share. Afinal, a diversificação de fontes de receitas atrai consumidores e ajuda a compensar o cenário de quedas bruscas de margens devido à crise econômica global, fruto da pandemia de Covid-19.
E com a entrada de pagamentos instantâneos no mercado nacional, como o Pix, além do open banking em implementação ao longo deste ano, os incentivos para o setor varejista só aumentam quando o assunto é serviços financeiros. Agora, ficou muito mais fácil as ofertas de crédito, pagamentos e recebimentos.
Vale ressaltar que era evidente a necessidade de o setor varejista se posicionar para ter mais autonomia e competitividade no crédito existente e em sua rede, tanto que os modelos de negócio que surgiram, antes mesmo da normatização, eram compostos por intermédio de parcerias com grandes instituições financeiras.
Mas com os avanços tecnológicos, grandes redes varejistas e marketplaces têm investindo pesado em plataformas tecnológicas com produtos e serviços financeiros. E esse é um fenômeno global, conhecido como “fintechzação”, e que começa a ganhar mais força no Brasil com as novas regulamentações.
As fintechs (startups ou empresas que desenvolvem produtos financeiros digitais) foram criadas justamente como alternativa à burocracia e às taxas dos bancos tradicionais. Elas apostam na tecnologia para mudar a relação de clientes com produtos e serviços e, desde 2018, são regulamentadas pelo Banco Central (BC).
O interessante é que as fintechs podem oferecer soluções diversas, entre elas, conta digital (física ou jurídica), empréstimos, cartões de crédito ou débito, o que facilita bastante o acesso ao crédito e a renegociação de dívidas. Leia a matéria: Tendências 2022: crédito e cobrança.
Pix: vantagens no varejo físico e online
O Pix, por exemplo, é mais uma alternativa eficiente para o setor varejista receber pagamentos, principalmente porque as tarifas são menores.
Leia, abaixo, algumas vantagens de utilizar o Pix:
Reduz custos operacionais
O Pix não necessita de intermediadores, o que o diferencia do pagamento por cartão de crédito e débito. Quem faz a mediação do recebedor e do pagador é o Banco Central, o que reduz os custos operacionais.
Agilidade
Uma das principais vantagens de usar o Pix no varejo é a possibilidade de receber pagamentos 24 horas por dia, 7 dias por semanas e até em feriados nacionais.
Além disso, como o usuário só precisa usar o smartphone para ler o QR Code e realizar o pagamento, a transação ocorre em segundos e a confirmação do pagamento é imediata.
Experiência do cliente
O Pix melhora a experiência do cliente no varejo, tanto físico ou online, por ser uma opção de pagamento rápida e de fácil acesso.
Transações econômicas
Atualmente, o Pix é o meio de pagamento mais econômico do mercado. O Banco Central determinou que não haveria cobrança de tarifas para pessoas físicas e MEIs, com raras exceções.
O BC instruiu, ainda, que o modelo de precificação (custo fixo ou percentual) e os valores das tarifas para pessoas jurídicas devem ser livremente definidos pelas instituições financeiras e de pagamento. Por isso, os varejistas devem pesquisar as instituições que ofereçam as melhores condições.
Mais segurança contra roubos e fraudes
Com o Pix, a movimentação de dinheiro físico nas lojas diminuiu bastante e, com isso, os riscos com roubos tendem a reduzir. Afinal, essa é uma das maiores preocupações dos varejistas no Brasil, principalmente se tratando do comércio de rua.
Além disso, dados criptografados, transações totalmente rastreáveis e autenticação do pagador são alguns dos mecanismos de segurança criados para evitar fraudes e mitigar os riscos.
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