Para sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo, pequenas empresas precisam ter uma excelente gestão financeira. Afinal, um empreendedor que não entende a importância de uma boa administração financeira certamente está fadado a fechar seu negócio nos primeiros dois anos de vida.
Dados do Sebrae apontam que cerca de 30% das empresas encerram as atividades antes de completar dois anos de existência justamente por não terem um bom planejamento financeiro. Além de problemas na hora de negociar com fornecedores e falta de experiência no ramo de atuação.
Confira, abaixo, algumas dicas que vão te ajudar a elaborar uma boa gestão financeira.
Gestão financeira para pequenas empresas
Para preservar a saúde financeira do negócio, não misture sua conta pessoa física com a da empresa. É muito comum vermos os empreendedores utilizando a receita para pagar gastos pessoais. Aja como se fosse um colaborador administrativo e não como “dono”. E crie um planejamento financeiro pensando a longo prazo. Imediatismo não constrói organizações sólidas.
Outro ponto importante é o fluxo de caixa. Receitas devem cobrir despesas. Preste muita atenção nos gastos e não assuma compromissos financeiros extras. Você também deve precificar os produtos ou serviços de acordo com o mercado. Valores muito mais altos, mesmo se levarmos em consideração a qualidade, podem afastar os clientes no primeiro contato. E muito baixos geralmente causam desconfianças: será que é bom?
Já a tecnologia pode ser uma boa aliada no desenvolvimento de produtos (ou serviços) e no controle da gestão financeira. Existem atualmente excelentes softwares de gerenciamento que podem dar uma visão geral da operação financeira do seu pequeno negócio. Uma boa estratégia para crescer com segurança, não acha?.
Administrar bem o estoque, saber repor na hora certa, também faz parte da estratégia financeira. Não adianta comprar mais para obter descontos se a mercadoria vai ficar parada. Fora que para armazenar produtos você vai precisar de espaço, o que gera gastos. Mesmo que você fabrique, produza de acordo com a capacidade de giro do estoque.
Livro: “A estratégia do oceano azul”
“A estratégia do oceano azul” – autores: W. Chan Kim e Renée Mauborgne –, por exemplo, é um livro “obrigatório” para gestores e diretores financeiros de pequenas empresas por mostrar uma maneira totalmente diferente de pensar sobre estratégia. A obra é um fenômeno global – cerca de 3,6 milhões de exemplares vendidos – justamente por trazer uma abordagem inovadora de entrada no mercado e criação de novos espaços chamados pelos pesquisadores de “o oceano azul”.
Os autores estudaram, por cerca de 10 anos, 150 ganhadores e perdedores em 30 indústrias diferentes e viram que explicações tradicionais não explicavam o método dos ganhadores. Resultado: empresas que criam novos nichos, fazendo da concorrência um fator irrelevante, segundo eles, encontram um outro caminho para o crescimento. E o livro ensina como colocar em prática essa estratégia.
De acordo com os autores, o importante é inovar e perseguir oportunidades inéditas, capazes de tornar a concorrência insignificante. E, para isso, o primeiro passo é criar uma proposta de valor. Um benefício intangível que enriquece a experiência de consumo. O foco aqui é o cliente e não o produto (ou serviço), mas a transformação e o prazer que ele acarreta. Podemos citar como exemplo a Disney, que vende magia. E a BMW? Luxo.
“A estratégia do oceano azul” – onde encontrar o livro: clique aqui
Leia também: Como evitar alto investimento e baixo retorno?