Data Mesh: revolucionando a gestão de dados

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Por Christine Salomão, jornalista – diretora de conteúdo da ebdi. Data Mesh: revolucionando a gestão de dados.

Nos últimos anos, o conceito Data Mesh, também conhecido em português como malha de dados, está revolucionando a gestão de dados. Isso porque, ao invés de manter uma estrutura centralizada de dados, o novo modelo propõe uma arquitetura distribuída e orientada por domínio, onde os dados são organizados em torno das áreas de negócio, o que gera vantagem competitiva para as empresas.

Afinal, em mundo onde os dados são o “novo petróleo”, entender profundamente os diferentes aspectos do seu negócio e como os dados se relacionam com ele é essencial para a tomada de decisão assertiva. Principalmente porque a quantidade de dados gerados no mundo só cresce e a maior parte das empresas não sabe lidar com essas informações.

Vale ressaltar que, de acordo com o relatório Data Age 2025, do IDC, a quantidade de dados criada, capturada, copiada e consumida no mundo em 2018 foi de 33 zettabytes, ou 33 trilhões de gigabytes. Esse número cresceu, em 2020, para 59 ZB e é esperado que atinja 175 ZB até 2025 (ou 175.000.000.000.000 gigabytes).

O Data Mesh torna o processo de análise mais ágil e responsivo ao descentralizar o controle dos dados e, consequentemente, contribuir para a capacitação das equipes no gerenciamento de seus próprios conjuntos de dados. Isso permite que os times respondam rapidamente às mudanças nas demandas do negócio e tomem decisões mais informadas.

Outros benefícios:

  • Flexibilidade e escalabilidade: ao distribuir a carga de trabalho e os recursos de dados em toda a empresa, o Data Mesh oferece maior flexibilidade e escalabilidade. As organizações podem dimensionar horizontalmente à medida que crescem e evoluem, sem depender de uma infraestrutura centralizada que pode se tornar um gargalo.
  • Visão holística dos dados: organizando os dados em torno dos domínios de negócio ou áreas funcionais específicas, o Data Mesh proporciona uma visão mais clara e holística das informações. Isso facilita a colaboração entre as equipes e promove uma compreensão mais profunda das necessidades e desafios de cada parte da organização.
  • Cultura de dados forte: ao democratizar o acesso aos dados e promover a transparência e a colaboração entre as equipes, o Data Mesh promove uma cultura de dados mais forte e colaborativa dentro da organização. O que permite que as empresas aproveitem todo o potencial de seus dados para impulsionar a inovação, a eficiência operacional e o crescimento dos negócios.

Introduzido por Zhamak Dehghani, diretora de tecnologias da Thoughworks da América do Norte, o conceito Data Mesh segue quatro princípios que precisam ser adotados como garantia de suas funcionalidades:

  • Dados tratados como produto: os dados são tratados como produtos com propriedade clara, padrões de qualidade e gestão de ciclo de vida. Isso inclui APIs e interfaces bem definidas para acesso aos dados.
  • Governança federada de dados: essa governança objetiva permitir a interoperabilidade dos domínios. Isso é feito por políticas, códigos, padrões, regras e responsabilidades. Assim, a governança operacional do modelo deve ser conduzida pelos representantes das equipes de cada domínio.
  • Infraestrutura para disponibilização dos dados como self-service: são tecnologias que permitem a descentralização dos dados, como plataformas integradas para gestão de dados do início ao fim (analítico e operacional). Elas ainda permitem que novos times de domínio sejam criados sem depender de um time centralizado.
  • Arquitetura de dados descentralizada: esse é o contexto de negócios no qual os times de produtos de dados operam. As equipes se tornam donas do ciclo de vida de dados, devem garantir sua qualidade e têm a responsabilidade de entregar valor.

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