Investimentos em startups brasileiras: recorde histórico em 2021

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Investimentos em startups brasileiras bateram recorde histórico em 2021, somando um total de 9,43 bilhões de dólares. Comparado ao ano de 2020, o valor é 2,5 vezes maior. Os dados são do relatório Inside Venture Capital, produzido pela plataforma Distrito. De acordo com o levantamento, publicado agora em janeiro, alguns setores foram mais beneficiados.

As fintechs, por exemplo, segundo o relatório, foram as que mais receberam aportes em 2021, com 3,7 bilhões de dólares em 176 rodadas. Já o varejo foi o segundo setor que mais se beneficiou com investimentos no ano passado: um total de 1,3 bilhão de dólares em 87 negócios. E o imobiliário ficou com a terceira posição ao somar 1,07 bilhão de dólares em 32 rodadas.

Ainda de acordo com o relatório, o ano de 2021 somou um total de 779 transações. Apenas em dezembro passado ocorreram 46 rodadas, sendo que estas movimentaram um total de 555 milhões de dólares em aportes. Outro dado relevante é que o número de fusões e aquisições também foi o maior da história no ano passado: 247 startups foram compradas ou fundidas com outras empresas.

Com toda essa movimentação, dez empresas brasileiras passaram a valer mais de US$ 1 bilhão – as chamadas unicórnios, citadas abaixo:

MadeiraMadeira; Hotmart, C6, Mercado Bitcoin, Unico, Frete.com, CloudWalk, Merama, Facily e Olist. Com isso, o Brasil passa a somar 21 empresas com esse status.

Vale ressaltar que as startups unicórnio são as empresas de tecnologia privadas avaliadas em mais de um bilhão de dólares antes de abrir seu capital em bolsas de valores. Ou seja, antes de realizar o IPO (Initial Public Offering).

Startups brasileiras: por que as fintechs se destacam?

O termo fintech surgiu da união de duas palavras: financial (financeiro) e technology (tecnologia) e é utilizado para denominar startups ou empresas que utilizam tecnologia para gerar soluções inovadoras de produtos e serviços do mercado financeiro. Esse modelo de negócio está causando uma verdadeira revolução, por exemplo, na oferta de crédito e renegociação de dívidas, o que deixa os Bancos, financeiras etc de “cabelo em pé”.

Afinal, as fintechs são uma alternativa à burocracia e às taxas dos bancos tradicionais e, por isso, estão na mira dos investidores. O diferencial é que elas apostam na tecnologia para mudar a relação de clientes com produtos e serviços e, desde 2018, são regulamentadas pelo Banco Central (BC). O que abriu as portas para o setor varejista oferecer aos consumidores vários tipos de serviços financeiros. Leia a matéria: Você sabe o que é fintech?

Startups em estágio inicial: concentram mais aportes

As startups em estágio inicial, de acordo com a plataforma Distrito, concentram o maior número de aportes. Foram 279 transações em fase Seed, somando US$ 320 milhões, e 200 transações em Pré-Seed, que arrecadaram US$ 47 milhões.

Agora, as rodadas mais avançadas foram responsáveis pelos maiores volumes de investimentos. Veja abaixo: 

  • 27 transações de série C (fase de aceleração, com aquisição de novas companhias e/ou lançamento no mercado internacional) captaram US$ 2,04 bilhões.
  • 51 rodadas de série B (fase de geração de escala, expansão de mercado e aprimoramento de processos) levantaram US$ 1,92 bilhão.

Leia também: Investimentos em TI são prioridade para as empresas brasileiras em 2022