Lifelong learning é um termo em inglês que, na tradução para o português, significa: “aprendizado ao longo da vida”. É o desenvolvimento contínuo de conhecimentos e habilidades que as pessoas experimentam após a educação formal e ao decorrer de suas vidas. E dentro do contexto corporativo, a educação continuada é uma excelente estratégia para atrair e reter talentos, além de gerar vantagem competitiva.
Afinal, em plena era digital, o engajamento entre times se dará pelo propósito e empresas que não investirem no seu capital humano estão fadadas ao fracasso. Por isso, é preciso saber estimular e desenvolver as habilidades das equipes, levando em consideração o que cada profissional tem a oferecer.
Não é à toa que o conceito lifelong learning tem crescido a passos largos no mundo corporativo. Com ele, as organizações conseguem desenvolver hard skills e soft skills, mas é preciso diferenciar cada uma delas. Confira a seguir:
As habilidades técnicas são as hard skills: aptidões técnicas facilmente ensinadas e aprendidas em cursos. Exemplos: operação de máquinas e sistemas, excel avançado, proficiência em inglês etc.
Já as habilidades interpessoais, as chamadas soft skills, são capacidades sociocomportamentais e ligadas a fatores emocionais. Exemplos: comunicação, persuasão, resolução de conflitos, senso de liderança etc.
Lifelong Learning: estabeleça a cultura
Vale ressaltar que, uma vez que a cultura do lifelong learning é estabelecida, os colaboradores não só assumem uma postura mais ativa na busca por conhecimento, como as organizações conseguem criar um ambiente mais propício à inovação.
Até mesmo porque ao desenvolver seus conhecimentos e habilidades, o colaborador “volta para a escola” e se permite errar. Ele está ali para aprender, desenvolver ideias, tirar dúvidas, expor o que pensa, sem ter que entregar resultados.
Por isso, quando as empresas abrem a janela do conhecimento, os colaboradores adquirem novas competências e se sentem mais preparados para os desafios diários. Resultado: uma rotina organizacional mais produtiva e estratégica.
Quando o conceito começou a ser difundido?
Embora tenha surgido na década de 70, o lifelong learning se tornou mais conhecido, a partir dos anos 90, devido aos avanços dos estudos sobre educação.
Mas foi só em 2010, com a publicação de um relatório da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, da Unesco, que o conceito começou a ser mais difundido.
De acordo com o relatório:
– “O conceito de educação ao longo da vida é a chave que abre as portas do século XXI; ele elimina a distinção tradicional entre educação formal inicial e educação permanente”;
– “A aprendizagem é vista como um continuum, em que não existe início, meio e fim, e considerada como um todo ao longo da vida. Em suma, a educação ao longo da vida deve tirar proveito de todas as oportunidades oferecidas pela sociedade”.
Esse relatório também definiu quatro pilares para a educação ao longo da vida:
1. Aprender a conhecer
“É preciso aprender a conhecer, ultrapassar os métodos tradicionais de aprendizagem, pautados em decorar conteúdos, e transformar o conhecimento em sabedoria para a vida, não em um objeto sem valor e transitório.”
2. Aprender a fazer
“Além de adquirir uma qualificação profissional, a aprendizagem precisa ser colocada em prática, ou seja, os conhecimentos devem ser utilizados em benefício próprio e dos semelhantes, a fim de atuar na sociedade de maneira relevante.”
3. Aprender a conviver
“Somos seres naturalmente sociais, portanto é imprescindível que saibamos conviver bem na sociedade, seja em família ou com colegas de trabalho, e isso demanda compreender os outros, saber gerenciar conflitos, praticar o altruísmo, considerar as necessidades e opiniões alheias, entre outras atitudes.”
4. Aprender a ser
“Para que uma pessoa desenvolva autonomia e capacidades de discernimento e responsabilidade, é preciso estimular todas as suas potencialidades por meio da aprendizagem.”
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