Por que investir na experiência do colaborador?

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Por Marcello Porto*

Qual importância sua empresa dá para a experiência do colaborador? Você acompanha cada etapa da jornada que ele percorre na companhia, desde a seleção até a sucessão ou desligamento? Cuidar para que os funcionários tenham bons momentos pode ser considerada ação essencial na gestão estratégica de pessoas e fazer a diferença nos resultados dos negócios, afinal, pessoas felizes são mais engajadas e produtivas.

Para acompanhar e melhorar cada etapa do ciclo do colaborador, o RH pode, e deve, contar com o apoio da tecnologia. A adoção de soluções inovadoras na gestão de pessoas já é uma realidade e o mercado conta com uma ampla oferta de opções de automação de processos que geram eficiência.

Inovar para facilitar e otimizar a experiência do colaborador

Atualmente, já existem soluções mobile que permitem que os colaboradores façam tudo na palma da mão, usando um smartphone. O registro de ponto pode ser feito a partir de um dispositivo móvel em qualquer lugar; a consulta de férias, benefícios e comprovante de rendimentos é realizada com poucos cliques a partir de um autoatendimento. E não para por aí: soluções em nuvem permitem que a folha de pagamento seja gerenciada de qualquer lugar, entre outras vantagens.

Esses são exemplos de tecnologias que vieram para ficar e facilitam o dia a dia da área de gestão de pessoas, líderes e colaboradores. Nesse cenário, acontece a evolução do RH e os profissionais passam a atuar como “designers”. Dentre suas atribuições, destaco a capacidade de entender as necessidades dos funcionários, olhando para as particularidades de cada indivíduo, e de conseguir desenhar a melhor experiência para cada uma dessas atividades dentro das companhias.

O papel da tecnologia e das pessoas

Não há dúvidas de que a tecnologia é um instrumento que dá autonomia, aumenta a produtividade e impacta positivamente os resultados dos negócios. Mas somente contar com as ferramentas não é suficiente para melhorar a experiência do colaborador. As empresas precisam de profissionais de gestão de pessoas que possam ajudar a identificar, por exemplo, lacunas de repertório e oferecer conteúdo personalizado para aprimorar o treinamento dos talentos.

Explico melhor: uma solução de chatbot para RH pode possibilitar que a empresa identifique o que precisa oferecer a um vendedor para que ele seja mais produtivo. Mas, antes disso, é preciso que um profissional com o olhar de designer de experiências avalie qual teste aplicar para obter a resposta para essa pergunta. Em seguida, ele deve organizar o conteúdo ideal para atender aquela demanda.

Não há motivos para adiar

Com o distanciamento imposto pela pandemia de covid-19, muitas empresas aceleraram seus processos de digitalização e descobriram que é possível trabalhar remotamente com eficiência. Esse novo cenário permitiu que as companhias quebrassem barreiras geográficas na contratação de pessoas, selecionado talentos de qualquer região do país, ou do mundo, para trabalhar à distância, totalmente conectadas pela internet.

Um dos impactos desse novo formato para o RH é o desafio de garantir que os funcionários estejam alinhados à cultura, aos valores e aos pilares do negócio. Essa missão também tem auxílio da tecnologia, que aliada a um time de gestão de pessoas atento, consegue proporcionar ao profissional e a toda equipe uma experiência relevante desde o processo de recrutamento e seleção, onboarding, ponto, treinamentos, plano de desenvolvimento individual, feedbacks, sucessões, entre outras ações e tecnologias.

E por que falamos tanto de experiência do colaborador? Porque a vida das pessoas não pode mais ser burocrática dentro do ambiente de trabalho e estar totalmente desconectada da realidade fora dela.

Trabalhar não pode ser uma experiência enfadonha, engessada, não criativa e pouco atraente. Por isso, defendo que adoção de tecnologia tem que estar dentro da agenda de RH das companhias. Não há como adiar.

Em reuniões, palestras e bate-papos com líderes e profissionais de gestão de pessoas, destaco que o desafio agora é mudar essa engrenagem e promover ambientes criativos e saudáveis, oferecer autonomia e, o mais importante, estar atento à necessidade de cada colaborador dentro dos times. Afinal, juntas, as pessoas formam as organizações, mas elas ainda são indivíduos e precisam ser respeitadas como tais.

E aí, seu RH está pronto para ser um designer da experiência do colaborador?

*Marcello Porto é Vice-Presidente da LG lugar de gente. Formado em Ciência da Computação pela Universidade de São Paulo (USP), também possui MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e especialização em Business pela Universidade da Califórnia. Possui mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento de soluções tecnológicas para gestão de pessoas.

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