Por Christine Salomão, jornalista – diretora de conteúdo da ebdi. Quebre suas crenças limitantes.
Crenças limitantes são aqueles pensamentos impositivos que temos sobre nós mesmos ou do mundo em que vivemos, geralmente desenvolvidos no período da infância, mas que carregamos conosco ao longo da vida. E essas “ideias negativas”, além de nos roubar a felicidade, acabam se tornando “verdades absolutas” que nos alimentam e, com o tempo, desenham nossa personalidade.
Mas como quebrar as crenças limitantes? Para começar, precisamos identificá-las. Pense nas coisas que você acredita que o impedem de alcançar seus objetivos, tanto na vida pessoal como profissional. Talvez você acredite que não é bom o suficiente, que não tem as habilidades necessárias ou que não tem sorte.
Em seguida, questione a veracidade das suas crenças perguntando a si mesmo: essas crenças são realmente verdadeiras?. Muitas vezes, nossas crenças limitantes são baseadas em informações incompletas ou experiências passadas que não refletem mais a realidade atual.
Encontre, por exemplo, evidências que contradizem suas crenças. Um bom caminho é procurar por exemplos de pessoas que alcançaram sucesso apesar de enfrentarem desafios semelhantes aos seus. Isso te ajudará muito a desafiar suas crenças limitantes.
Você também precisa reprogramar sua mente. Substitua suas crenças limitantes por pensamentos mais positivos e encorajadores. Por exemplo, em vez de pensar “eu não sou bom o suficiente para exercer tal função”, pense “eu sou capaz de aprender e crescer nesta função”.
Agora, sem praticar a autocompaixão fica muito difícil quebrar crenças limitantes. Reconheça que todos nós temos pontos fortes e fracos e que é normal cometer erros. Seja gentil consigo mesmo e não se julgue severamente quando algo der errado. E lembre-se que mudar pensamentos e crenças pode levar tempo e esforço, mas vale a pena investir nisso.
Crenças limitantes: a magia dos pensamentos e palavras
Em 1905, Sigmund Freud, o pai da psicanálise, já chamava a atenção para a magia dos pensamentos e das palavras, conforme citação a seguir: “O leigo, por certo, achará difícil compreender que as perturbações patológicas do corpo e da alma possam ser eliminadas através de ‘meras’ palavras. Achará que lhe estão pedindo para acreditar em bruxarias. E não estará tão errado assim: as palavras de nossa fala cotidiana não passam de magia mais atenuada. Mas será preciso tomarmos um caminho indireto para tornar compreensível o modo como a ciência é empregada para restituir às palavras pelo menos parte de seu antigo poder mágico.”
Agora começamos também a compreender a “magia” das palavras, acrescenta Freud. “É que as palavras são o mediador mais importante da influência que um homem pretende exercer sobre o outro; as palavras são um bom meio de provocar modificações anímicas naquele a quem são dirigidas, e por isso já não soa enigmático afirmar que a magia das palavras pode eliminar os sintomas patológicos, sobretudo aqueles que se baseiam justamente nos estados psíquicos”, conclui o pai da psicanálise.
Não é à toa que a Programação Neurolinguística (PNL) é uma técnica muito utilizada hoje para abandonarmos toda a negatividade de pensamentos e palavras que podem criar crenças limitantes. Tanto que a metodologia vem sendo utilizada pelas empresas com o intuito não só de melhorar a comunicação interna, mas o desempenho de seus colaboradores.
A PNL também nos ajuda a entender que os fracassos que tivemos em nossas carreiras, geralmente, resultam de maus hábitos. Por isso, ter novas posturas perante a realidade é fundamental para que as mudanças em nossas vidas ocorram da melhor forma possível e sem sofrimentos. Daí a importância de ajustarmos e equilibrarmos nossa mente para que possamos adquirir novos padrões de comportamentos.
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