Saúde mental no trabalho: o que causa mais estresse?

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A saúde mental no trabalho, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pode ser definida como “um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade”.

Ainda, segundo a OMS, as situações de competição são as principais causas de estresse associado ao trabalho. Seguidas de outros fatores, entre eles, “submissão a chefias autoritárias, a falta de comunicação entre as pessoas, o aumento no ritmo de trabalho e a exigência crescente de produtividade”.

O assédio moral também é apontado pela OMS como uma das principais causas de danos mentais no trabalho. A inconveniência se dá “quando um superior ou um colega de trabalho submete o trabalhador a constrangimentos ou humilhações de forma repetida e prolongada”.

Agora, para tentar reconhecer sinais de depressão no trabalho, é preciso prestar atenção nas atitudes dos colegas, que muitas vezes se expressam, por exemplo, demonstrando tristeza excessiva, falta de esperança e perspectiva, se isolando, ou perdendo o interesse em atividades que antes traziam prazer.

Por isso, a importância de se treinar os gestores para que eles aprendam a identificar e ajudar colaboradores que estão com a saúde mental comprometida no trabalho.

Saúde mental no trabalho: treine os gestores

Mas o primeiro passo para manter o clima organizacional saudável é fazer com que as lideranças entendam que a saúde mental deve ser tratada como prioridade dentro das empresas.

E, para isso, os gestores precisam ser treinados para lidar com as questões de saúde mental que surgem no cotidiano da empresa. No entanto, eles devem considerar que males como depressão e ansiedade não podem ser tratados de forma coletiva.

Agora, antes de cuidar do seu time, o gestor  também deve estar com o equilíbrio emocional em dia. Isso porque suas atitudes refletem diretamente na equipe e podem trazer boas ou más consequências para a empresa.

Meditação no trabalho

A OMS alerta que uma das formas de promover a saúde mental do colaborador é investindo em ambientes de relaxamento no trabalho: “a importância se dá, principalmente, pelo fato de o estresse ser previsto como a maior causa de incapacitação de funcionários até 2022”.

Por isso, a meditação no trabalho já é uma realidade para os colaboradores de muitas organizações nos EUA e na Europa. Isso porque a prática funciona como um exercício mental, em que as funções cognitivas são otimizadas gerando vários benefícios, como a redução do estresse, considerado o mal do século. Leia a matéria: Meditação no trabalho: tendência na Europa e EUA.

A meditação também ajuda a diminuir a ansiedade no trabalho, o que não é uma tarefa fácil. Quanto mais em países como o nosso, cuja instabilidade econômica e política tira o sono de qualquer executivo.

Não é à toa que o Brasil já era considerado, antes da pandemia, o País mais ansioso do mundo, segundo a OMS, além de apresentar a maior incidência de depressão da América Latina, impactando em torno de 12 milhões de pessoas.

E a situação só agravou com a pandemia. Estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) revelou um amento de 90% nos casos de depressão no País. Sem falar que o número de pessoas com crises de ansiedade e sintomas de estresse agudo dobrou entre março e abril de 2020.

Leia a matéria: Como diminuir a ansiedade no trabalho?