Startup unicórnio: empresa de tecnologia privada avaliada em mais de um bilhão de dólares antes de abrir seu capital em bolsas de valores. Ou seja, antes de realizar o IPO (Initial Public Offering). A maioria delas se destaca no mercado não só pela inovação, mas pela criação de modelos de negócios até então impensáveis jogando por terra os mais tradicionais.
Mas como essas empresas conseguem reinventar a roda e desbancar grandes organizações no mercado internacional? A resposta é clara: foco no cliente e não em produtos ou serviços. Isso porque a cultura de uma startup unicórnio é voltada para atender às necessidades dos consumidores. O importante é estudar o setor de atuação e detectar o que o consumidor deseja, suas insatisfações e como as novas tecnologias podem favorecê-los.
Como exemplo, podemos citar o iFood, que se tornou líder no ramo de entrega de alimentos. Além de centralizar os pedidos de delivery em uma única plataforma, por intermédio de um grande número de estabelecimentos parceiros, a empresa passou a atender às solicitações e desejos dos consumidores durante 24h.
Há 12 anos, quando o iFood foi fundado, pedir uma comida no escritório à noite, por exemplo, era algo bem limitado (a melhor opção, geralmente, era uma pizza). Já hoje, basta acessar o app e o consumidor pode comer o que quiser, independente de onde estiver e a qualquer hora. Com isso, a empresa não só atendeu às necessidades dos clientes como revolucionou o mercado de delivery.
Startup unicórnio: na mira dos investidores
Além de modelos de negócios inovadores, as chamadas unicórnios apostam em novas tecnologias para ganharem vantagem competitiva no mercado. Cada um dos produtos e as funcionalidades dos softwares são criados para atender às necessidades dos consumidores.
A Hotmart, por exemplo, é uma startup brasileira, que ganhou mercado rapidamente por ajudar as pessoas a venderem produtos digitais. Por outro lado, os consumidores também enxergam a plataforma como o local certo para comprar cursos online, e-books etc.
Em 2021, a Hotmart recebeu aporte de R$ 735 milhões de reais, se tornando um unicórnio brasileiro. Vale ressaltar que investimentos em startups nacionais bateram recorde histórico no ano passado, somando um total de 9,43 bilhões de dólares. Comparado ao ano de 2020, o valor é 2,5 vezes maior.
O ano de 2021 somou um total de 779 transações. Apenas em dezembro passado ocorreram 46 rodadas, sendo que estas movimentaram um total de 555 milhões de dólares em aportes. Outro dado relevante é que o número de fusões e aquisições também foi o maior da história no ano passado: 247 startups foram compradas ou fundidas com outras empresas.
Com toda essa movimentação, dez empresas brasileiras passaram a valer mais de US$ 1 bilhão e se tornaram unicórnios. São elas:
MadeiraMadeira; Hotmart, C6, Mercado Bitcoin, Unico, Frete.com, CloudWalk, Merama, Facily e Olist. Com isso, o Brasil passa a somar 21 empresas com esse status.
Leia matéria: Investimentos em startups brasileiras: recorde histórico em 2021
Pontos em comum
Unicórnios de sucesso têm pontos em comum. Confira abaixo:
Cultura organizacional forte:
Essas empresas já nascem com uma cultura organizacional forte, cujo foco é o ser humano. A maioria delas tem como propósito melhorar a qualidade dos serviços e produtos oferecidos aos cidadãos. Além disso, sabem ocupar seus “territórios” na Internet e investem na geração de leads qualificados (o objetivo é informar e não comercializar).
Leia a matéria: Como gerar leads qualificados?
Foco no cliente:
O cliente está sempre em primeiro lugar. Produtos e serviços só serão desenvolvidos se atenderem plenamente às necessidades dos clientes. Essas empresas “saem do prédio” e vão pesquisar desejos e insatisfações dos consumidores.
Base tecnológica:
As soluções de uma startup unicórnio, sejam produtos ou serviços, são desenvolvidas para gerar reconhecimento e interesse imediato do público-alvo. Por serem disruptivas, essas empresas acabam atingindo demandas elevadas e que não são atendidas por outros, o que as deixa fora do radar do mercado. E isto reflete na escalabilidade do negócio.
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