A certeza de que não há mais certeza de nada. Autor: novo Coronavírus.

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Semanalmente estamos rodando pesquisas para saber qual a opinião dos gestores frente a este momento que vivemos e os movimentos causados pelo coronavírus. 

Ao final você encontra a pesquisa. Boa leitura.

A Crise do Coronavírus nas Empresas:

Se você é um empresário, executivo de board, diretor ou gerencia ao menos uma pessoa, deve estar se perguntando – “e agora?”.

Muito provavelmente todo o planejamento estratégico desenvolvido no final de terceiro trimestre de 2019 já foi jogado fora, já não há mais espaço para ele em seus cálculos e pensamentos.

Nunca vivemos um momento com tantas incertezas, ou nunca vivemos com apenas uma certeza. Esta certeza é a de que não sabemos o que acontecerá ao final da crise.

Desde que as relações presenciais cessaram, inúmeros executivos se dispuseram a entrar em debates, compartilhar informações relevantes de mercado para o mercado.

Afinal, a instabilidade e as improbabilidades aumentam toda vez que ligamos a TV ou falamos com pessoas diferentes que têm opiniões distintas. A confusão é geral.

A história está sendo escrita agora, enquanto você lê este artigo, e ainda não há precedentes que nos antecipe uma luz ao final deste túnel. As politicagens atrapalham a sabedoria de quem precisa raciocinar para sair da crise com saúde financeira.

Como executivos estamos perdidos, como seres humanos, mais perdidos ainda, precisamos de serenidade, clareza e saúde – principalmente mental.

Movimentos causados pelo coronavírus:

A Luta das Companhias

As companhias, por sua vez, estão reunindo-se sempre que podem com seus comitês de crise, criando e adaptando medidas que se encaixam com seus perfis de empresa.

Muitas não conseguem aplicar 100% home office, muitas conseguem. 

Inúmeras não sabem o que será dos próximos dias, muitas já tem um nível de previsibilidade do seu faturamento e do seu fluxo de caixa, porém o novo amanhã não é conhecido e nunca estas previsões imprevisíveis foram mais assustadoras.

O decréscimo no fluxo de caixa, nos faturamentos das companhias, coloca em jogo o social e a economia. 

É uma luta onde os dois saem perdedores e as escolhas causam dualidade em quem toma decisões.

 Afinal, o que devo fazer?

Mais uma certeza temos, a certeza de que nos reinventaremos.

Nossos consumos serão diferentes e nossas abordagens serão distintas.

Novas soluções virão e o mundo como conhecemos se transformará, talvez permanentemente.

Uma evolução forçada em poucos meses, um avanço na humanidade causado pelo retrocesso. O mercado mudou e mudará, quase que inevitavelmente, por conta do novo coronavírus.

Dentro das companhias, porém, as preocupações são outras. Executivos se desdobram para entender de onde virão as reduções.

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Movimentos causados pelo coronavírus:

REDUÇÕES

Afinal, como estão as questões de reduções? Onde cortar para manter a sustentabilidade, garantir empregos e sobreviver? 

Algumas das possibilidades:

>

Pedir apoio aos fornecedores maiores, solicitar flexibilizações, mas não exigir a mesma coisa dos pequenos fornecedores;

>

Cortar ações de marketing;

>

Cortar fornecedores não essenciais;

>

Reduzir salários;

>

Dar férias coletivas;

>

Cortar despesas;

>

Renegociar dívidas com bancos;

>

Negociar as contas a pagar, passando-as 60 dias pra frente.

Todas as opções acima causam desconforto de forma universal pelo País.

Além disso, em última instância, por mais que todos estejam tentando calcular de todas as formas, não encontram matemáticas que não prejudiquem pessoas e, se veem sem saída para que as demissões ocorram a fim de manter a companhia ativa no futuro.

Movidos pelas incertezas, executivos e empresas se veem sem apoio e se unem.

Os movimentos de lives – reuniões online – são vistos por todo o Brasil, as ligações aumentam e as trocas em grupos de whatsapp diminuem o distanciamento e a troca entre funcionários de diversas companhias acontece cada vez mais com naturalidade.

Serão novos tempos de aproximação e networking. Otimistas trazem um cenário de recessão como bom e o de depressão na pior das hipóteses.

Em um cenário normal, esta pauta não estaria na mesa, discussões estariam pautadas em avanço econômico. Diante do cenário Covid-19, a única certeza é que não temos certeza.

Movimentos causados pelo coronavírus:

O que as companhias estão fazendo?

Confira os dados reunidos na pesquisa da ebdi desenvolvida em parceria com o mercado:

Número de envolvidos: 126 empresas

Setores predominantes: Indústria, Automobilístico, Telecom, Saúde, Educacional, Agronegócio, Energia, Serviços, entre outros

Número de funcionários:

  • Acima de 45,24% tem mais de 1.001 funcionários
  • 22,22% tem entre 201 a 1.000 funcionários
  • 32,54% tem entre 50 a 200 funcionários

Home Office:

  • Aplicado 100% – 30,95%
  • Parcialmente, levando em consideração áreas que não se enquadram no HO – 60,32%
  • Será adotado para toda a companhia – 1,59%
  • Não será aplicado – 7,14%

Confira o que as empresas que não conseguem aplicar home office – cerca de 60%, estão fazendo, clicando aqui.

Casos de Covid-19 em sua companhia:

  • SIM – 11,90%
  • NÃO – 82,54%
  • Aguardando retorno de resultado – 5,56%

Após primeiros desdobramentos do Covid-19 no País já é possível sentir os primeiros impactos econômicos nas companhias. 

De 0 a 10 qual a projeção de impacto em sua companhia? (Sendo 0 nenhum impacto previsto e 10 alto impacto)?

  • Até 31,45% prevê impactos de 0 a 5 em suas companhias
  • 50,81% antevê impactos de 6 a 9 (médio a alto impacto)
  • 17,74% prognostica o mais alto impacto econômico em suas companhias

Confira porque as empresas estão com estes diagnósticos econômicos clicando aqui.

Continue lendo sobre os movimentos causados pelo coronavírus:

A companhia fará reduções no número de colaboradores?

  • Sim, em até 10% – 14,29%
  • Sim, em até 20% – 7,94%
  • Sim, em até 30% – 3,17%
  • Sim, em até 50% – 0,79%
  • Sim, em mais de 50% – 1,59%
  • Não – 59,79%
  • Outro (especifique) – 21,43%*

*Os respondentes, que representam 21,43% (Outros), ainda não definiram cortes de funcionários ou, também, não sabem a respeito desta questão.

Haverá reduções de salário dos colaboradores?

  • Sim, em até 10% – 3,17%
  • Sim, em até 20% – 2,38%
  • Sim, em até 30% – 5,56%
  • Sim, em até 50% – 1,59%
  • Sim, em mais de 50% – 0,0%
  • Não reduzirei – 61,90%
  • Outro (especifique) – 25,40%*

*Os respondentes, que representam 25,40% (Outros), ainda não definiram redução de salários de funcionários ou, também, não sabem a respeito desta questão, ou estão a definir sobre os cortes.

Haverá redução de investimento em marketing?

  • Sim, em até 10% – 3,17%
  • Sim, em até 20% – 4,76%
  • Sim, em até 30% – 7,14%
  • Sim, em até 50% – 10,32%
  • Sim, em mais de 50% – 4,76%
  • Congelamento total – 17,46%
  • Aumento de investimentos para apoiar a área comercial – 2,38%
  • Não reduzirei – 23,02%
  • Outro (especifique) – 26,98%*

*Os respondentes, que representam 26,98% (Outros), ainda não definiram redução de investimentos em marketing ou, também, não sabem a respeito desta questão.

Neste momento de isolamento, quais canais de vendas está utilizando?*

  • Telefone – 69,60%
  • WhatsApp – 70,40%
  • LinkedIn – 17,60%
  • Eventos online – 24%
  • E-mail – 65,60%
  • Mantive presencial – 9,60%
  • Outro (especifique) – 28,80%**

*Os respondentes puderam eleger mais de uma resposta

**Os respondentes, que representam 28,80% (Outros), citaram outros canais de vendas como: site, e-commerce, slack, zoom, marketing de influência, etc.

Confira os últimos tópicos da pesquisa:

Fazem parte do comitê de gestão de crise:*

  • Diretor Financeiro – 88,10%
  • Diretor de Recursos Humanos – 76,19%
  • Diretor Comercial – 71,43%
  • Diretor de Tecnologia – 51,59%
  • Diretor Jurídico – 49,21%
  • Diretor de Marketing – 47,62%
  • Diretor de Riscos e Compliance – 36,51%
  • Diretor de Comunicação – 32,54%
  • Outro (especifique) – 30,95%**
  • Diretor de Processos – 19,84%
  • Diretor de Projetos – 19,05%
  • Diretor de Inovação – 12,70%

*Os respondentes puderam eleger mais de uma resposta

**Os respondentes, que representam 30,95% (Outros), citaram outros cargos: CEO, diretor de Supply Chain, Suprimentos, Industrial, Diretor de Operações, Responsável pela Saúde, Segurança e Meio Ambiente, entre outros. 

Também, alguns dos respondentes não têm Comitê de Crise.

Quão relevante neste período tem sido trocar insights com pares?

  • Extremamente relevante – 68,25%
  • Relevante – 26,98%
  • Pouco relevante – 3,17%
  • Nada relevante – 0,79%

Como sua companhia está lidando com relação com fornecedores?

  • Renegociando prazos e custos – 78,23%
  • Congelando contratos – 18,55%
  • Buscando novos fornecedores – 9,68%
  • Outro (especifique) – 16,94%*

*Os respondentes, que representam 16,94% (Outros), citaram não haver movimentos diferentes do usual em relação aos fornecedores, alguns verificando possibilidades, outros cancelaram contratos.

Em sua opinião o País ruma para uma recessão ou depressão econômica?

  • Recessão – 54,76%
  • Depressão – 17,46%
  • Prefiro não opinar – 20,63%
  • Outro (especifique) – 7,14%*

*Os respondentes, que representam 7,14% (Outros), citaram ser cedo para avaliar o cenário como um todo. 

Outros, citaram a necessidade do otimismo, recuperação rápida e ainda este ano, outro citam um cenário onde a queda do PIB virá e a recuperação se dará logo em seguida, outros comparam com a crise de 2009.

Gostou?

Confira os resultados da semana anterior clicando aqui.

Confira os todos os resultados:


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