Os principais impactos da pandemia no universo de Supply Chain

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Este artigo foi escrito por Andre Oliveira, Account and Distribution Center Director na DHL, especialmente para a ebdi.

Os principais impactos da pandemia no universo de Supply Chain, vividos por um brasileiro na Europa

O universo de Supply Chain é de uma grandeza incalculável, pois é uma engrenagem que move o mundo,  e não só o mundo dos negócios, mas também move pessoas.

E para muitos, este universo pode passar de forma despercebida, pois muitas atividades rotineiras sejam dos negócios ou mesmo do dia a dia são tão repetitivas ou simples que não notam a sua importância.

Entretanto, quando algo muito grandioso como o universo Supply Chain se depara com algo inesperado e de grandes proporções como a pandemia do Covid-19, o choque é inevitável.

 E as consequências acabam por exigir uma redefinição da vida humana e dos negócios.

Os desafios do Supply Chain

Nestes dois anos que estou na Europa, tive a oportunidade de me deparar com grandes desafios, seja por trabalhar na maior empresa de Logística do Mundo, ou por atuar em Supply Chain no segmento de Varejo.

Mas sem sombra de dúvida o maior desafio se apresentou para mim em Fevereiro,  quando iniciou a pandemia do Covid-19.

Esta pandemia trouxe do dia para a noite, impactos em diversas dimensões e fizeram com que os famosos termos “Supply Chain Risk Management”, “Business Continuity Management” e “Supply Chain Maturity level” retornassem as agendas.

As lideranças devem trabalhar diariamente nas empresas na intenção resgatar o básico, garantir a execução e avaliar novas formas de realizar a sua atividade “core”.

Entre os impactos no Varejo se destacam:

  •  Variações exponenciais dos volumes movimentados (corrida aos supermercados);
  • Queda no Nível de Serviço dos Fornecedores (rupturas de estoques);
  • Absenteísmo elevado (colaboradores em quarentena, em assistencia aos filhos, etc);
  • Implementação de novos EPI´s, gerando perda de produtividade devido a nova adaptação;
  • Implementação de novos layouts (com distanciamento social) gerando perda de capacidade instalada;
  • Necessidade de aumento na quantidade de colaboradores como plano de contingência;
  • Necessidade de simplificar processos, garantindo eficiência e qualidade;
  • Cross-Training, treinando e movendo colaboradores que faziam determinados processos para outras atividades e processos que tiveram picos de volumes;
  • Home office: colaboradores que nunca haviam trabalhado fora da empresa, foram colocados em home office e passaram por adaptações em termos de tecnologia e rotinas de trabalho;
  • Implementação de Comitê de Gestão de Crises com Pontos de Situação constantes;
  • Necessidade de aumentar a comunicação e fazer com que seja eficaz e assertiva;
  • Necessidade de acelerar a tomada de decisões (principalmente sem ter dados suficientes para suportar)

A realidade é que enquanto algumas empresas ou segmentos estiveram e estão paradas devido a pandemia, outras empresas como no Varejo estão a trabalhar como nunca.

Com isso, não podemos por um ponto final, onde ainda pode ser somente um começo.