As principais tendências na área de crédito e cobrança para 2022 estão voltadas para o consumidor em função das novas tecnologias. Muitos serviços financeiros estão surgindo no mercado e a maior parte deles tem como objetivo reduzir a burocracia e ajudar no diálogo entre clientes e empresas.
Como exemplo, podemos citar as fintechs (startups ou empresas que desenvolvem produtos financeiros digitais), que foram criadas justamente como alternativa à burocracia e às taxas dos bancos tradicionais. Elas apostam na tecnologia para mudar a relação de clientes com produtos e serviços e, desde 2018, são regulamentadas pelo Banco Central (BC).
O interessante é que as fintechs podem oferecer soluções diversas, entre elas, conta digital (física ou jurídica), empréstimos, cartões de crédito ou débito, o que facilita bastante o acesso ao crédito e a renegociação de dívidas. Principalmente agora que a inadimplência e a inflação crescem no Brasil. Leia a matéria: Inflação cresce no planeta e as expectativas para 2022 não são boas.
Segundo estudo da Serasa, em outubro passado, o “Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas no Brasil” registrou a maior alta do ano: são 63,4 milhões de brasileiros inadimplentes – o número é o maior desde julho de 2020 (época em que a situação de inadimplência chegou a afetar 63,5 milhões de brasileiros).
Crédito e cobrança: foco no cliente
Foco no cliente é outra tendência quando o assunto é crédito e cobrança. O consumidor agora está mais exigente. Ele quer agilidade no atendimento online e soluções eficientes digitais para resolver o seu problema, seja na hora de pagar uma conta atrasada, pegar um empréstimo ou fazer uma compra.
Por isso, somente as empresas que atenderem às necessidades dos clientes sobreviverão na era digital. É preciso inovar nos serviços financeiros para manter e atender novos consumidores. Não existe mais espaço para organizações que operam com os “olhos” no produto. Agora é a vez do ser humano.
Adotar meios de pagamentos ou transferências rápidas (como o Pix) é essencial para se manter no mercado. E a tendência é facilitar cada vez mais a vida do consumidor. Sem falar que as grandes empresas também estão apostando em aplicativos próprios para as pessoas pagarem suas compras à vista ou em prestações. Ou seja, sem intermediários financeiros.
As criptomoedas, por exemplo, serão muito utilizadas para pagamentos de contas nos próximos anos. Com a valorização da Bitcoin (400% em 2020), a tendência é que as organizações comecem a receber pagamentos via criptomoedas, até mesmo porque os consumidores investem cada vez mais em moedas virtuais.
Concessão de crédito
Segundo Breno Costa, Diretor de Produtos e Sucesso do Cliente da Neurotech, “a concessão de crédito ao consumidor tornou-se um negócio bem mais atrativo atualmente devido ao excesso de dados disponíveis. Mas é preciso saber lidar com novas visões de mercado que facilitem o processo de organização para gerir e digerir esse enorme fluxo de informações”.
Afinal, de acordo com o executivo, “as possibilidades para interpretação adequada do perfil do consumidor ganharam um patamar bem mais elevado com o advento do cadastro positivo e o open banking, além do PIX, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central”. Leia a matéria: Concessão de crédito na nova era dos dados.
Para se aprofundar mais sobre esse e outros assuntos, participe do Encontro: Mastering | Consumer Credit Trends. A reunião terá cerca de 50 executivos (vagas limitadas). Clique aqui para saber mais.