Escassez de talentos na área de TI

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A escassez de talentos é a principal barreira para a adoção de tecnologias emergentes, segundo pesquisa da Gartner. O estudo mostra que 64% dos executivos de TI, em 2021, disseram identificar a mão de obra como um complicador nesse processo de transformação, contra apenas 4% em 2020.

A disponibilidade de talentos, de acordo com o relatório, foi citada como o principal fator de inibição para a implementação de novas soluções em todos os seis domínios de tecnologia abordados pela Gartner:  infraestrutura de computação e serviços de plataforma; rede; segurança; local de trabalho digital; automação de TI; e armazenamento e banco de dados.

Os executivos de TI citaram, ainda, “a disponibilidade de talentos como o principal fator de risco de adoção para a maioria das tecnologias de automação de TI (75%) e quase metade das tecnologias de local de trabalho digital (41%). 

Resiliência e melhoria da infraestrutura crítica de TI foram as principais prioridades para equipes de I&O e outros líderes de TI em 2021, de acordo com o relatório. Como resultado, “eles estão priorizando implantações de Nuvem e investimentos em tecnologias de segurança.”

Escassez de talentos: área de TI

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação (Brasscom) serão necessários, até 2024, 70 mil profissionais ao ano para ocupar todas as vagas geradas. No entanto, o cenário de formação é outro. Por ano, o Brasil capacita apenas 46 mil pessoas aptas para trabalhar na área de TI. O déficit é de 24 mil. Isso sem contar a qualidade da formação dos 46 mil que se formam.

A questão fica pior ainda já que, na visão do setor, isso não é temporário. Acredita-se que a quantidade de vagas ofertadas para a área de TI seguirá superior à capacidade de profissionalização do mercado. E diante deste cenário, muitas empresas estão preferindo investir na capacitação de seus colaboradores.  O objetivo é alinhar capacidades técnicas e comportamentais dos funcionários com os objetivos, os resultados esperados pela organização.

Por outro lado, cabe a cada colaborador se conscientizar da importância da progressão da sua carreira, via ferramentas oferecidas pela empresa.  Não é à toa que os processos de upskilling e reskilling são extremamente importantes para profissionais que precisam se reinventar, pois nos fazem refletir sobre os colaboradores do futuro.

Eles não precisarão depender exclusivamente das empresas para valorizarem e atualizarem suas habilidades. Cada um desses talentos tomará à frente em seu próprio processo de upskilling.

Abaixo, algumas dicas para que os profissionais possam se atualizar constantemente:

  • Desenvolva uma mentalidade de lifelong learning (aprendizado ao longo da vida);
  • Estude as novas tendências da sua área de atuação;
  • Invista em cursos de atualização;
  • Desenvolva seu domínio de ferramentas tecnológicas;
  • Aproveite as oportunidades de aperfeiçoamento oferecidas na empresa.

Agora, como aplicar conceitos de upskilling e reskilling nas empresas? O primeiro passo é criar o skill pools: mapeamento das habilidades necessárias para que as organizações alcancem seus objetivos. Isso ajudará a identificar o que já existe dentro de cada companhia e o que precisará ser criado e desenvolvido.

Em seguida, é preciso criar programas de treinamento e desenvolvimento para que os colaboradores possam ter uma performance cada vez melhor em suas áreas e para que novas habilidades sejam formadas.

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EBDI