Como criar um local de trabalho ideal para todos os colaboradores?

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Por Christine Salomão, jornalista – diretora de conteúdo da ebdi.  Como criar um local de trabalho ideal para todos os colaboradores?

“O local de trabalho ideal não é apenas um local físico ditado pela tradição, direito ou necessidade, mas onde quer que o trabalho seja bem realizado”, foi o que sinalizou a pesquisa da Deloitte: “Tendências Globais de Capital Humano 2023”. Segundo o Estudo, “as organizações precisam desafiar os limites tradicionais e projetar ambientes físicos, digitais ou híbridos que atendam às diferentes necessidades de trabalho, respeitando as preferências dos empregados e os objetivos macro – como cultura, comunidade e trabalho em equipe.”

Dessa forma, “os empregados poderão então decidir quando, onde e como melhor realizar o trabalho a partir de diretrizes gerais destinadas a permitir, e não restringir, tais decisões”, ressalta a pesquisa. Os entrevistados também respoderam “que o maior envolvimento e bem-estar do trabalhador estão entre os benefícios mais significativos que eles observaram em uma futura abordagem de local de trabalho.”

Outro fator crítico por trás da mudança rumo a um ambiente de trabalho sem limites, de acordo com o Estudo, “é o avanço tecnológico que vai muito além das ferramentas de colaboração, e passa a incluir uma vasta gama de tecnologias relacionadas ao trabalho, como por exemplo o metaverso e a realidade aumentada.

“As organizações geram valor e fortalecem seu relacionamento com os empregados ao adotarem a crescente influência dos empregados nas tomadas de decisões”, ressalta a pesquisa. Sendo que os líderes empresariais, de acordo com o relatório, “precisam aproveitar a paixão e a energia dos empregados para criarem benefícios mútuos para todos – não apenas para seus empregados e organização, mas para o mundo como um todo.”

Não é à toa que o estudo mostra que “84% dos líderes de negócios pesquisados dizem que o poder de influência dos empregados é importante ou muito importante para o sucesso da organização, porém 17% sentem que estão prontos para endereçar essa tendência – o segundo menor índice de prontidão entre as tendências pesquisadas.”

Outra conclusão importante da pesquisa é que “a liderança deve reimaginar sua força de trabalho como um ecossistema, incluindo os empregados tradicionais e os não-tradicionais (autônomos, gig, crowdsourcing etc), para gerar o máximo de valor em um cenário de constantes mudanças, adaptando suas práticas para se adequar a essa realidade terão maior acesso a habilidades de condução, crescimento e inovação.”

Sem falar que os benefícios incluem “uma melhor eficiência empresarial, a expansão do acesso ao talento e a melhoria da produtividade e do desempenho dos trabalhadores. Removendo as distinções tradicionais de emprego é possível desbloquear o acesso a um verdadeiro ecossistema de força de trabalho – e com ele, habilidades críticas e potencial do empregado.”

O relatório aponta que, nos últimos dois anos, “grandes organizações assumiram mais de 1.000 compromissos públicos relacionados a Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) e financiando iniciativas diversas ao disponibilizar mais de US$ 210 bilhões, convidando todos a aumentar a responsabilidade em honrar seus acordos referente ao tema.”

Cerca de “86% dos líderes entrevistados dizem que incorporar a DEI nas formas diárias de trabalho e trabalho em equipe, medindo os resultados, é importante ou muito importante para o sucesso de suas organizações. Contudo, apenas 25% sentem que estão preparados para endereçar esta tendência. Os entrevistados indicam que poucas de suas organizações conectam a diversidade (15%) e a inclusão (30%) ao progresso dos negócios, como o aumento da lucratividade ou da produtividade.”

O progresso da DEI, segundo o relatório, “foi tradicionalmente medido com base em atividades e esforços, muitas vezes com pouca consideração aos resultados reais já alcançados. As ações da DEI devem alcançar resultados equitativos na força de trabalho – e na sociedade em geral – ao mesmo tempo em que impulsiona a inovação, a competitividade e o sucesso dos negócios a longo prazo de uma organização.”

Diante disso, “os líderes devem repensar a Diversidade, Equidade e Inclusão, como algo intrínseco aos negócios, identificando as desigualdades específicas que existem dentro de sua organização em grupos de identidade marginalizados e projetar intervenções e soluções para abordá-las. Por fim, devem se responsabilizar por defender a mudança sistêmica e impulsionar a responsabilidade nos outros para alcançar resultados equitativos.”

Leia também: SAB Human Resources 2024: O papel estratégico do RH na gestão da mudança organizacional.

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