Educação corporativa: mudança nos formatos de ensino

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A cultura de aprendizagem tem se transformado na era digital, porém ela traz consigo vantagens expressivas para a educação corporativa. Tanto que as organizações atualmente apostam cada vez mais na formação de seus colaboradores. Afinal, não vivemos apenas uma revolução tecnológica e sim do conhecimento, e o engajamento entre os times se dará pelo propósito. E empresas que não investirem no seu capital humano estão fadadas ao fracasso.

Sem falar que diante de um mundo tão competitivo,  as organizações têm enfrentado inúmeros processos de mudanças para atender às necessidades e desejos dos clientes. Mas para obter êxito nessa empreitada é preciso aprimorar conhecimentos, habilidades e competências dos colaboradores, pois somente eles poderão contribuir de forma efetiva nos resultados do negócio.

Por outro lado, os colaboradores esperam hoje das empresas um processo de aprendizagem mais qualificado, eficiente e diversificado. E, por isso, os novos formatos de ensino já fazem parte da realidade das Universidades Corporativas (UC).

Educação corporativa: modelo de aprendizado escalável

“É preciso conhecer as transformações que estão acontecendo e entender o que é necessário para criar valor nesse contexto”, diz Danilo Olegário, gerente de educação corporativa da CCR, ao ministrar, recentemente, palestra  no Mastering: Corporate Education, uma iniciativa da EBDI. A citação do executivo foi dita por John Hagel, diretor do center for the Edge da Deloitte, localizado no Vale do Silício, e membro da Singularity University.

“As empresas que terão mais sucesso no futuro serão aquelas que adotarem o modelo de ‘aprendizado escalável’ – ou seja, aprender mais rápido de forma exponencial e entregar mais e mais valor para o ambiente de negócios”, afirma Hagel durante sua última visita a São Paulo, quando participou, em 2019, do SingularityU Brasil Summit, patrocinado pela Deloitte.

Segundo Hagel, “esse modelo propicia retornos potenciais crescentes, pois, quanto mais você aprender, mais valor oferecerá aos negócios. É um desafio crucial passar da eficiência escalável para o aprendizado escalável”. Com isso, temos um novo perfil da Universidade Corporativa (UC), ressalta Olegário, “pois vivemos a era da aprendizagem.”

Tanto que, de acordo com Olegário, a CCR adotou a seguinte estratégia de diversificação nas formas de aprendizagem:

  • Trilhas de Aprendizagem – “Siga o seu caminho”: cursos relevantes e necessários para o desempenho na função;
  • Aprendizagem Self-Service – “Aprimore seu caminho”: catálogos de cursos livres e abertos para todo o público;
  • Autodesenvolvimento – “Seja o seu caminho”: incentivo aos estudos.

Agora, criar estratégias eficazes de aprendizagem na era digital não é uma tarefa fácil. Por isso, a educação corporativa é muito mais que cursos, treinamentos e palestras, adverte Karina Couto, gerente de DHO e Universidade Corporativa da Omie, que também ministrou palestra no Encontro.

Segundo ela, é preciso ofertar uma experiência direcionada à cultura de aprendizagem. “É necessário alinhar capacidades técnicas e comportamentais dos colaboradores e o alcance dos resultados e inovações esperados pela organização”, explica a executiva.

Não é à toa que a Braskem tem como prioridade “melhorar a experiência no local de trabalho, promovendo o bem-estar e a saúde integral por meio da estruturação de um programa global para apoiar as pessoas a enfrentar os desafios do cenário atual”, afirma Larissa Andreoni, especialista em educação corporativa global da Braskem.

A executiva, que ministrou palestra no Mastering: Corporate Education, intitulada: “Saúde Mental como centro do Treinamento e Desenvolvimento”, ressaltou a importância de as empresas falarem sobre saúde mental no trabalho. Afinal, o Brasil é considerado, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o país com maior número de pessoas ansiosas do mundo, o segundo mais estressado e o quinto mais deprimido.

Ainda, de acordo com a OMS, as situações de competição são as principais causas de estresse associado ao trabalho. Seguidas de outros fatores, entre eles, “submissão e chefias autoritárias, a falta de comunicação entre as pessoas, o aumento do ritmo de trabalho e a exigência crescente de produtividade”. Já o assédio moral é apontado pela OMS como uma das principais causas de danos mentais no trabalho.

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